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A crescente violência

A violência urbana é um dos temas mais discutidos entre sociólogos, antropólogos, psicólogos, juristas e outros tantos estudiosos que pesquisam e avaliam o comportamento humano dentro da sociedade.

Em que pese à preocupação das autoridades e o aparato de segurança do estado, temos visto verdadeiras guerras nas ruas, causando pânico e insegurança para sociedade.

Um exemplo clássico dessa violência, pudemos testemunhar no último domingo, na partida de futebol entre Vasco e Flamengo, onde as duas torcidas promoveram uma verdadeira batalha nas arquibancadas, espalhando o pânico entre jovens, crianças e adultos que queriam simplesmente ver uma partida de futebol e torcer para os seus times.

É público e notório que existem diversos fatores, que somados, contribuem para a escalada da violência urbana, não só no Brasil, mas também em outros países.

Porém, existem dois fatores que devem ser destacados: o primeiro, trata-se da marginalização do homem, cuja falta de oportunidades e de perspectivas, proporcionam o surgimento das atividades ilícitas, como a prostituição de adultos e crianças, o tráfico de drogas, a formação de quadrilhas e vários outros crimes de conhecimento da sociedade; o segundo, trata-se do crescimento desordenado das favelas nas periferias das cidades.  A baixa renda e a falta de emprego fomentam uma aglomeração de habitações, formando uma configuração própria na paisagem das cidades, uma vez que não podendo comprar um imóvel digno para morar, muitas pessoas ocupam áreas periféricas sem condições, e, na maioria dos casos, em áreas de risco, provocando a expansão de casas precárias e bairros totalmente marginalizados.

A partir dessa aglomeração indiscriminada de pessoas é que surgem os poderes paralelos, como milícias e integrantes de crimes organizados que promovem verdadeiras batalhas em vias públicas, muito comuns nas cidades de grande porte, mas que agora vem se interiorizando. Delinquentes fortemente armados têm sido o terror de toda a população e principalmente das instituições financeiras, que são os seus alvos principais. Para piorar, a maioria dos presídios existentes no país, também já não dão conta de abrigar os condenados pela Justiça.

Na busca da mitigação da violência urbana, não bastam ações emergenciais, como reforço policial, invasões de favelas ou outros meios de repressão, pois esses expedientes, embora necessários, culminam muitas vezes de forma trágica, com pessoas inocentes pagando por algo que elas não cometeram. A população clama por segurança e urge uma tomada de posição por parte dos poderes constituídos.

A solução desse problema, a médio e longo prazo, com certeza, está na implementação dos programas da educação, com o devido acompanhamento do poder público, de forma a proporcionar o resgate da dignidade das pessoas.

A Constituição preceitua que a segurança é um direito do cidadão e um dever do Estado. Com esses governos que estão aí, envolvidos com todas essas distorções no trato com a coisa pública, onde a corrupção campeia livre, leve e solta, talvez, pensar dessa forma seja uma utopia. Mas vale a pena sonhar com dias melhores. Vamos torcer!

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