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A Era das Incertezas

A Câmara Federal ter livrado Temer do Impeachment foi, até certo ponto melhor para o país, independente das articulações do Executivo Federal para conseguir o seu objetivo. O Temer vai ser levado aos tribunais depois do término do seu mandato e teremos a oportunidade de vê-lo pagar seus débitos com a justiça se tiver mesmo culpa no cartório. A justiça é morosa, mas costuma andar, mesmo que a passos de tartaruga. O Lula já foi pego por um pé e levou quase dez anos de cadeia que sem dúvida serão confirmados pelos julgadores da Segunda Instância, estando ainda na dependência de outras acusações que poderão elevar ainda mais a sua pena. Quando se abrir a “Caixa de Pandora” do BNDS é que a coisa vai ficar mesmo preta para muita gente.

Se o Temer saísse agora poderia até ser ético, mas não seria oportuno para o país que já começa a dar sinais de recuperação em sua economia, queiram ou não os baderneiros de sempre. Saindo o Temer iríamos assistir aos costumeiros quebra-quebra de lojas, obstrução de vias públicas com pneus em chama e outras ações típicas para tentarem impor a antecipação das eleições, como se o nosso país fosse uma Venezuela. Ainda não chegamos a tanto.

Na época do Governo Militar tentavam fazer isso a todo o momento. Havia até uma campanha do governo na época que dizia: “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Uns ficaram por aqui e aderiam à prática de assaltos a bancos ou à residências (como a do Ademar de Barros). Outros deixaram o país e foram para o exterior. A vida no exterior devia ser tão dura que certa vez o Presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou em uma entrevista que “havia comido o amargo caviar do exílio”. Depois esse pessoal voltava e acenando a bandeira dos exilados, candidatavam-se e eram eleitos, como até hoje, para cargos legislativos e executivos, formando uma verdadeira casta feudal no poder levando o nosso país ao maior nível de corrupção da história mundial. As conseqüências disso para o nosso país todos sabem: estamos quase às portas de uma nova eleição e constatamos com grande decepção a dificuldade de encontrarmos alguém moralmente íntegro e competente para entregarmos o comando do país. Mais da metade da Câmara dos deputados responde ou ainda vai responder a processos por corrupção dos mais variados gêneros. Muitos Governadores, Prefeitos e legisladores estaduais e municipais estão também contaminados. Este quadro retrata uma era de incertezas que nos intranqüiliza pela preocupação de que país estaremos deixando para os nossos filhos e netos.

Mas a esquerda sempre teve o lema “quanto pior melhor” como instrumento para chegar ao poder. Talvez até pela dificuldade de viver em uma democracia e vivenciá-la.

È claro que usam das liberdades que a democracia oferece e promovem as manifestações agressivas e anti-democráticas. Em 15 de março de 1990, por exemplo, após assistir, com todas as mordomias de praxe à posse de
Fernando Collor de Melo em Brasília, o Ditador Fidel Castro foi para São Paulo se encontrar com Lula. Cuba havia perdido a ajuda anual de 6 bilhões de dólares da URSS e articulou com o líder do PT um modo de ressuscitar a fracassada Organização Latino-americana de Solidariedade que tinha a intenção de estender a luta armada a todos os países da América Latina. Quatro meses depois, com o patrocínio de Partido Comunista de Cuba e do PT de Lula, instalava-se na capital paulista o Foro de São Paulo, que reunia dezenas de organizações de esquerda da América, entre elas algumas de cunho terrorista com as FARC,  da Colômbia e a FSLN e outras. No mês de abril de 1993, as FARC, de grande poder no Foro de São Paulo, explodiu 200 kg de dinamite na Embaixada do Brasil em Bogotá, capital da Colômbia, matando cerca de 40 pessoas e ferindo cerca de 350. Por isso o preço de uma democracia é muito alto, pois dá ao corrupto e ao subversivo os mesmos direitos dentro da lei que dá às pessoas de bem.

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