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Contra o “quarto poder”, Sérgio Moro

Francisco Laviola – 06/12/2018

Não há dúvidas de que o maior personagem da história contemporânea é o ex-juiz Sérgio Moro. Estou certo de que, a não ser os “esquerdopatas” de plantão, que tentam a todo momento canonizar o presidiário mais famoso da atualidade, a parte maciça da sociedade concorda com o que estou afirmando. Se Sérgio Moro deixasse de existir hoje, ele já teria entrado para a História do Brasil como um grande brasileiro que lutou bravamente, contra tudo e contra todos, no sentido de derrubar de vez o quarto poder da nossa República: a corrupção.  Os números desviados pelas organizações criminosas infiltradas na política apresentam cifras impressionantes. Enquanto uma grande parte dos brasileiros rala, diariamente, para ganhar um mísero salário mínimo que não chega a mil reais por um mês de trabalho, os desvios de bilhões e mais bilhões de reais continuam sendo levantados todos os dias pelas investigações da famosa Operação Lava-Jato.

Um dos estados da Federação que apresenta maiores dificuldades financeiras nos dias atuais é o estado do Rio de Janeiro. Esta faceta do estado do Rio se deve, em grande parte, ao sistema de corrupção endêmica dos seus governantes. Não é por acaso que o estado tem hoje seus dois últimos governadores presos; Sérgio Cabral já condenado a mais de 100 anos de prisão e o seu sucessor, o Pezão, ao que tudo indica, seguindo a mesma trilha. Para ser mais exato, Pezão é o quarto governador do estado do Rio a ser preso. Os outros dois que já estiveram trancafiados, foram Antony e Rosinha Garotinho.  Enquanto isso, a operação Lava-Jato indica que a corrupção causou um prejuízo de pelo menos R$ 1,5 bilhão ao estado, valor que daria para custear as despesas de um hospital do porte do Souza Aguiar, uma das maiores emergências públicas da América do Sul, por um período de seis anos. Este tipo de absurdo nós temos visto pelo Brasil afora todos os dias nos noticiários.

Estou passando estas informações para despertar no leitor a ideia de quanto pode ser importante a presença do ex-juiz Sérgio Moro no comando do Ministério da Justiça e da Segurança, com status de um “super ministro”, segundo a imprensa. Com a experiência de quem já sentenciou cerca de 140 processos com condenações, entre políticos, assessores e empresários, Moro já definiu que seguirá o rastro de todo o dinheiro desviado dos cofres públicos e que se encontra em contas bancárias nos chamados paraísos fiscais. Ele Já disse também que vai “escarafunchar” a origem dos R$ 174,5 bilhões que já foram repatriados por brasileiros e que se encontravam depositados em contas no exterior. E a Receita Federal tem os seus meios para fazer esse trabalho. Por certo, a ideia é excelente, pois não basta apenas condenar e prender os corruptos. É preciso fazer com que eles sejam obrigados a devolver aos cofres públicos toda a “grana” surrupiada do país.

Sem dúvida, considerando as firmes declarações do futuro ministro da Justiça, que tem carta branca do presidente Bolsonaro para agir, são extremamente alvissareiras as possibilidades de um combate mais efetivo a esse poder paralelo, o quarto poder, chamado de organização criminosa e de corrupção.

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