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Dúvida cruel

Considerando toda essa polêmica que envolve a possibilidade de impedimento da presidenta Dilma, entendo que o desfecho dessa história pode ter resultados diversos. No final, como diria um amigo, todo esse burburinho que ronda o Palácio do Planalto pode resultar em qualquer coisa, inclusive em nada.

Atualmente, a presidenta e seu vice, Michel Temer, enfrentam quatro ações, movidas pelo PSDB junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a cassação da chapa por supostas práticas de irregularidades nas eleições de 2014.

Enquanto o PT e seus aliados se preocupam em se defenderem, dizendo que as doações de campanha foram legais e que se encontram contabilizadas e aprovadas pelo órgão fiscalizador, o juiz Sérgio Moro, que julga as ações oriundas das investigações da Operação Lava-Jato, deu demonstrações de convicção diferente do que está sendo alegado pela “tropa de choque” do governo. O juiz Moro enviou dados dos inquéritos e dos processos ao TSE, dados esses que sugerem uma ligação das doações de campanha da chapa Dilma e Temer ao recebimento de propinas originadas do assalto já comprovado que diretores, na época em exercício, fizeram no caixa da Petrobras, para abastecer os partidos e vários políticos da base aliada, ou seja, dinheiro sujo.

Todos os investigados ou os que já foram condenados que aceitaram fazer a colaboração premiada ou os donos de empreiteiras, que aceitaram fazer o acordo de leniência, são unânimes em afirmar a existência do pagamento das propinas destinadas a abastecer as campanhas de partidos como o PP, PMDB, PT e outros, ou seja, os partidos que compõem o tal governo de coalizão engendrado ainda durante o mandato de Lula.

Além da descarada roubalheira, da gastança sem limites, das pedaladas fiscais, o atual governo desmantelou todo um plano de estabilização vigente desde 1994, permitindo a volta da inflação e colocou o país numa recessão terrível. Pior. Agora, querem tapar os rombos e os ralos com a criação de uma série de impostos, inclusive com a volta da CPMF, um imposto cobrado em cascata, que vai fundo no bolso de cada um dos brasileiros.

Por maior que seja a corrupção descoberta dentro dos governos Lula/Dilma, já comprovadamente definida como o maior assalto aos cofres públicos da História republicana e que foi “plantada” criminosamente com o único objetivo de conseguir a permanência do PT no poder, qualquer um que por ventura venha a assumir o lugar da presidenta nesse momento, teria imensas dificuldades para recolocar o país nos trilhos nos próximos três anos.

A dúvida que passa a existir é se o impeachment da presidenta ou a cassação da sua chapa, a essa altura dos acontecimentos, resultaria ainda em algum benefício para o Brasil e para o povo brasileiro.

Estamos vivendo o pior governo da História da República, com rebaixamentos sucessivos das notas de crédito do país junto às agências de classificação de risco.  Na impossibilidade de qualquer melhora do cenário econômico nos próximos três anos, que é o que se vislumbra neste momento de incertezas, e, se não restarem provados os crimes de responsabilidade da presidenta que possam levá-la a responder a uma ação penal, na dúvida, talvez seja até melhor que ela continue onde está, para continuar comendo o pão que o diabo, ou melhor, que o lulopetimo amassou.

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