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É Lula lá

Francisco Laviola – 09/02/2018

Um político, pensa na próxima eleição; um estadista, na próxima geração. (James Freeman Clarke (teólogo e pensador americano)                                                                                     

Enfim, o ex-presidente Lula, ex-líder sindical e considerado pelos seus seguidores um “mito” intocável e acima da lei, foi condenado em segunda instância. Os três desembargadores do TRF4 da Justiça Federal de Porto Alegre, além de considerarem as provas do processo suficientes para considerá-lo culpado, ainda aumentaram a sua pena de nove anos e seis meses para 12 anos e um mês de prisão, em regime fechado.

De nada adiantou a gritaria e o ranger de dentes da cúpula petista, comandada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, que por sinal é ré também em processo que se encontra tramitando no STF, e que, por certo, poderá ainda fazer companhia ao seu chefe e ídolo, bem como ao Palocci, José Dirceu, Delcídio do Amaral e outros colaboradores fieis. Pouco adiantou o Stédile – líder do MST – “colocar o seu exército na rua”, como ameaçou Lula, há tempos atrás. A Justiça é soberana, independente, e este tipo de comportamento ameaçador, embora não seja levado em consideração nos julgamentos, só aguça ainda mais a sede de se fazer justiça. Tentar promover uma guerra, para defender um homem condenado por corrupção, não é o melhor caminho para reerguer um partido que tem uma longa história de lutas pelos direitos dos trabalhadores e pela democracia, como é o caso do PT. O melhor a fazer seria juntar os seus cacos e trazer de volta a sua ideologia perdida no meio da corrupção.

Lula, apesar da sua liderança incontestável, conseguida a duras penas, embora tenha sido presidente do país por dois mandatos, jamais será considerado pela história como um estadista, porque enquanto esteve no poder, só pensou no projeto bolivariano espelhado na Venezuela de Hugo Chavez. Um projeto de poder pelo poder. Se durante o seu governo tivemos alguns avanços sociais, eles se deveram única e exclusivamente à estabilidade econômica, a qual ele encontrou e que dela desfrutou, até desidratar definitivamente o nosso país, que tinha tudo para ter um crescimento estrondoso. Depois de todo esse imbróglio envolvendo corrupção, mentiras e o “emporcalhamento” da política brasileira promovido pelos lesadores da pátria, não se sabe se foi o Lula que corrompeu o poder ou se foi o poder que o corrompeu. As duas hipóteses se confundem. E a sua biografia, com toda essa corrupção, nascida a partir do seu governo, passará para a história. Como consequência, será contada pelos historiadores para as próximas gerações e devidamente carimbada com a pecha de ser o primeiro presidente do Brasil a ser processado e condenado a pagar na cadeia, pelas falcatruas engendradas durante o seu governo.

É certo que esse filme de terror esta longe de acabar. No seu script ainda vão aparecer muitos personagens, que serão detonados pelas explosões provocadas pelos gazes acumulados deste verdadeiro lixão, construído nos subterrâneos dos poderes de Brasília.

Enquanto isso, os seus aliados ainda tentam politizar a questão judicial, colocando-o como vítima, como se o seu julgamento fosse feito por um tribunal de exceção. É apenas mais uma manobra sórdida para enganar o povo e tentar colocar a sua foto nas urnas em 2018. Ao que, parece, não conseguirão o seu intento.  Por enquanto, com aquele placar de 3 a 0, do TRF4, apesar da gritaria, está dando Lula lá. Na cadeia.

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