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Editorial

Em meio às bombásticas e escandalosas notícias oriundas das delações de empreiteiros  e políticos pertencentes ao alto escalão do governo, presos ou condenados, encontra-se o presidente Michel Temer, tentando um acordo possível para fazer uma ampla reforma no Regime Geral da Previdência brasileira, em que pese a sua baixa popularidade.

Em recente reunião com os parlamentares, Temer buscou o apoio do Congresso para as suas propostas, dizendo que o Brasil não pode parar por causa de denúncias e que todos precisam continuar trabalhando, independentemente do trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público. Disse o presidente que a responsabilidade de todos agora é com o trabalho para tentar tirar o país da paralisia, e principalmente para fazer as reformas estruturais. “O resto é com a Justiça”, declarou.

Efetivamente, a reforma da Previdência não pode esperar. Ou se faz uma ampla reforma ou, daqui a pouco tempo, o país não terá mais dinheiro nem para pagar os atuais aposentados. Tem que ser agora ou nunca. Acontece que o Presidente Temer, por motivos óbvios, não pretende se candidatar em 2018, e, portanto, ninguém melhor do que ele para costurar as medidas impopulares, as quais ninguém teve a coragem de fazer até o momento.

Há de se achar, apenas, o meio termo que não prejudique os direitos adquiridos dos trabalhadores, e principalmente, uma forma de cortar de vez as benesses de políticos e altos servidores que se aposentam com salários astronômicos e pouquíssimo tempo de trabalho. Talvez seja esse o caminho para viabilizar a reforma do setor e garantir a aposentadoria dos contribuintes da Previdência. É o que se espera.

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