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Editorial

Se qualquer leitor resolver buscar no dicionário o significado da palavra corporativismo, vai encontrar a seguinte definição: “sistema político e econômico baseado na arregimentação das classes produtoras organizadas em corporações sob a fiscalização do Estado”. Assim definido, não dá margem à dúvida de que o corporativismo é uma forma legal de arregimentar forças no sentido de se chegar a um objetivo comum, mas que sejam suas ações carreadas para o bem da coletividade.

Como no Brasil a crise moral faz com que se invertam os principais valores humanos aprendidos por todos na escola, na família, na religião, valores esses capazes de alavancar a sociedade rumo a um estágio nobre, igualitário e justo, os atos daqueles que representam as principais instituições dos poderes constituídos no país conseguiram, também, da mesma forma, subverter o verdadeiro sentido da palavra corporativismo.

Falar de corporativismo, hoje, significa, na verdade, a arregimentação de forças para encobrir trapaças de políticos corruptos; significa uma união de forças de integrantes de um ou mais partidos para se evitar uma CPI, destinada à investigação de flagrantes irregularidades em Instituições públicas, que é por onde se esvaem ou são surrupiados os impostos pagos pelo contribuinte, ou ainda para impedir a convocação de um ministro, por exemplo, para dar explicações de seus “malfeitos”, acusado de irregularidades em contratos com empreiteiras ou com ONGs fajutas, ou ainda, como forma de blindagem para cercear o trabalho de órgãos fiscalizadores, como o Tribunal de Contas da União. Portanto, politicamente, a palavra corporativismo é considerada hoje um verdadeiro palavrão.

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