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Editorial

Com os escândalos de corrupção pipocando em todas as áreas da administração pública, há um sentimento geral da população de que o Brasil é o país da corrupção e da impunidade.

Embora a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei da Ficha Limpa e a outra que impede o voto secreto nas Casas Legislativas em votações de processos contra parlamentares sejam contabilizadas como ganhos importantes, ainda há muito para se fazer no sentido de reverter este sentimento de impunidade que reina no país.

Para a população, a crise moral que se instalou no país nos últimos anos, parece não têm mais fim. São falcatruas, golpes, fraudes e corrupção das mais variadas modalidades a manipular as consciências dos indivíduos, de forma a parecer que todos esses delitos fazem parte do cotidiano, e que a sociedade tem a obrigação de conviver com este estado de coisas.

No meio deste “fogo cruzado” encontra-se também o Judiciário com a sua burocracia e a eterna lentidão para julgar os processos. Contribui, ainda, de forma contundente, a própria legislação brasileira, que é um verdadeiro cipoal de permissividade, onde as estrelas principais são os inúmeros recursos jurídicos e a grande quantidade de leis inócuas em vigência, feitas pelo Legislativo, legislando em causa própria.

É preciso fortalecer e acreditar nas instituições, mas não se pode deixar que a subversão da ordem e a inversão dos valores morais possam ter espaços nas consciências dos indivíduos, como se estivesse tudo dentro da normalidade, pois afinal, como sempre acontece, os trabalhadores, os bons e os justos é que continuarão a pagar a conta.

 

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