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Editorial

Os acontecimentos ocorridos em razão das chuvas que atingiram a região Sudeste, mais especialmente o estado do Rio de Janeiro, provocando o deslizamento de uma encosta em Niterói, que culminou na morte de várias pessoas, é mais uma tragédia anunciada que demonstra o descaso de autoridades e do poder público para com a sociedade.

Em 2010, aconteceram vários deslizamentos na mesma cidade com grande número de vítimas fatais. Agora, oito anos depois, ocorre o mesmo problema, com vítimas fatais.

O que revolta é que as histórias se repetem, seja no morro que desliza soterrando a população, seja na cidade que alaga engolindo pessoas e veículos, seja nos aeroportos sem condições de um pouso seguro, seja nas mortes de crianças e adultos por falta de assistência em hospitais públicos, ou ainda, seja por causa da libertação de presos sem a devida ressocialização, atendendo de forma irresponsável a uma absurda progressão de pena de uma legislação arcaica. É uma variedade infindável de irresponsabilidades que ocorrem no dia a dia da população.

Em qualquer um dos episódios citados, todos os fatos ocorridos devido a omissão de autoridades e do poder público, tiveram como consequências graves tragédias que poderiam ter sido evitadas, se fossem os seus casos tratados com  a devida responsabilidade e prevenção.

Enquanto o poder público e as autoridades constituídas não se previnem, a população se equilibra nos riscos da corda bamba, e entre enchentes, deslizamentos, gripes, dengues, bandidos soltos por falta de espaços em presídios, as tragédias vão acontecendo e se acumulando, restando à sociedade apenas a indignação. E as vítimas, que nem sempre têm a quem reclamar, estas sim, resta-lhes apenas o choro das perdas irreparáveis.

 

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