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Editorial 23/08/2019

Se qualquer leitor resolver buscar no dicionário o significado da palavra corporativismo, vai encontrar a seguinte definição: “sistema político e econômico baseado na arregimentação das classes produtoras organizadas em corporações, sob a fiscalização do Estado”.

Assim definido, não dá margem à dúvida de que seja o corporativismo uma forma legal de arregimentar forças no sentido de se chegar a um objetivo comum, mas que sejam suas ações carreadas para o bem da coletividade. Como no Brasil a crise moral faz com que se invertam os principais valores humanos aprendidos por todos na escola, na família, na religião, valores esses capazes de alavancar a sociedade rumo a um estágio nobre, igualitário e justo, os atos daqueles que representam as principais instituições dos poderes constituídos no país, conseguiram também, da mesma forma, subverter o verdadeiro sentido da palavra corporativismo.

Falar de corporativismo hoje significa a arregimentação de forças para encobrir trapaças de políticos corruptos. Significa, por exemplo, a união de forças de um ou mais partidos para se evitar uma CPI destinada à investigação de flagrantes irregularidades em Instituições públicas, por onde se esvaem ou é surrupiado o dinheiro pago pelo contribuinte, ou ainda para impedir a convocação de um político para dar explicações de seus “malfeitos.

Portanto o corporativismo descrito nos dicionários, nada tem a ver com o que se pratica hoje na política brasileira. Corporativismo para o povo passou a ser um verdadeiro palavrão.

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