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Editorial

O Brasil tem uma das cargas tributárias mais altas do planeta. Sempre que o governo se acha em dificuldades para equilibrar as suas contas, a primeira solução que passa pela cabeça dos chamados tecnocratas que mandam na economia é o aumento de impostos.

A notícia veiculada de que haverá uma mudança no PIS/Confins, unificando a base de cálculo, poderá, segundo estudos de especialistas, elevar os tributos em cerca de R$ 50 bilhões, sendo que só para o setor de serviços, o impacto será de mais de R$ 35 bilhões, o que representa uma carga extra que recairá sobre cerca de 2,5 milhões de empresas.

Ora, por mais que a crise mundial possa afetar a economia do país, não é só aumentando impostos que se resolve o problema. Se o governo não fizer a sua parte, cortando os seus gastos, qualquer outra medida será inócua.

O aumento de impostos onera as empresas, que acabam repassando os custos para o consumidor final, que é, na verdade, quem paga a conta.

O pior é que, com os investimentos cada vez mais escassos e o país mergulhando numa profunda recessão, o aumento de impostos vem na contramão de direção do crescimento, o que por si só já seria um importante impeditivo para este tipo de medida. Além disto, as empresas e todos os contribuintes já não têm como apertar mais os cintos, que andam pegando, não na cintura, mas no pescoço de todos eles.

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