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Editorial

O Papa Francisco vem demonstrando ao mundo que o seu pontificado não ficará restrito às atividades inerentes à condução dos destinos da Igreja Católica.

É certo que no início do seu papado, ele encontrou muitos problemas dentro do Vaticano, principalmente no que se refere à Cúria, mas que com simplicidade e segurança vem buscando soluções e implementando as transformações para modernizar a Igreja. Não foi à toa que Bento VI encontrou como única solução o caminho de uma renúncia que surpreendeu o mundo.

Durante a Jornada Mundial da Juventude, no Brasil, em uma de suas primeiras viagens, já demonstrava que não precisaria de ser politicamente correto para conseguir a admiração de todos. Pelo contrário, foi sempre firme ao expor as suas convicções.

Com simplicidade, falou de assuntos polêmicos, como os problemas encontrados no Vaticano, a sua visão sobre os gays, a pedofilia e condenou a manipulação dos jovens. Com carinho, falou da sua opção pelos pobres, considerando que a miséria e as desigualdades sociais devem ser combatidas, e criticou aqueles que optam apenas pelo dinheiro e pelo poder. Procurou mostrar aos jovens que o futuro do país e de todo o planeta está nas mãos de cada um.

Agora, a sua visita a Cuba, uma das ditaduras mais fechadas do planeta há várias décadas, demonstra a sua preocupação não só com os fieis da Igreja Católica daquele país, mas principalmente, a importância também da sua atuação como chefe de Estado. Prova disso é que, com as suas intermediações entre Cuba e Estados Unidos, já há uma maior abertura entre os dois países, o que poderá facilitar o diálogo e derrubar, de vez, a barreira que há anos os separa.

A humildade, a conciliação e o diálogo são as principais armas usadas pelo Papa Francisco, que vai construindo a sua história neste mundo tão conturbado e violento. Suas virtudes, certamente, ficarão marcadas na história do século XXI.

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