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Editorial

A corrupção não é um fato recente no país. Mas, nos últimos governos, o sofisticado sistema montado para pagamento de propinas a políticos e agremiações partidárias e a lavagem de dinheiro surrupiado dos recursos públicos, cujo destino são os bolsos e as contas “companheiras”, como ficou sobejamente evidenciado nos vários desdobramentos dos processos do mensalão e do petrolão, tudo isso de domínio público, demanda ações mais efetivas das autoridades, as quais devem ser acompanhadas passo a passo pela sociedade.

O Senado deverá retomar a tramitação do projeto das medidas contra a corrupção, que estava suspenso em função de uma liminar concedida pelo ministro do STF, Luiz Fux. Esse projeto é de iniciativa popular e tem no seu bojo mais de 1,7 milhão de assinaturas de brasileiros.

Em votação polêmica na Câmara dos Deputados, ele foi completamente desfigurado, por razões óbvias. Há de se achar um caminho viável para proteger quem investiga ou condena os grandes figurões do poder, que se acham incomodados pelas nossas instituições judiciárias.

O fato é que, enquanto roubam descaradamente o país, há brasileiros morrendo nas filas dos hospitais públicos, há brasileiros morrendo de frio ou de fome nas ruas das cidades, sem falar na superlotação de presídios, demandas para as quais nunca existem verbas.

Merece, portanto, todo o apoio da população qualquer medida que visa buscar a excelência no trato com a coisa pública.

É preciso que a sociedade esteja atenta aos acontecimentos e que faça as cobranças necessárias para tentar virar esse jogo absolutamente adverso.

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