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Editorial

Há uma ideia geral cultivada pelo povo brasileiro, notadamente os mais pobres, de que qualquer criminoso que tiver poder e recursos financeiros para pagar um bom advogado não vai para a cadeia, ou, se vai, lá não fica.

Embora não seja uma regra, a História mostra alguns exemplos que, ao longo do tempo, deixaram a Justiça na “corda bamba”, levando-a, muitas vezes, a ser criticada pela sociedade já estressada, e que às vezes não entende que tudo que se julga tem que se ater aos limites da lei. Este sentimento crítico sobre a Justiça emanado da sociedade é ruim em todos os sentidos, uma vez que ela é, sem dúvida, a tábua de salvação da moralidade e um real instrumento contra a impunidade reinante neste país.

Porém, esta desconfiança está mudando de rumo. No caso do mensalão, houve um trabalho sério do ex-ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), impecável nas suas convicções de relator e que levou à condenação e tirou de cena políticos corruptos.

Com a execução da Operação Lava-Jato, a Polícia Federal e o Ministério Público, que são as instituições colaboradoras da Justiça, mostram a importância da sua missão institucional, ganhando a cada dia o respeito da sociedade brasileira e um alto grau de confiabilidade, após trazer à luz toda a podridão da administração pública brasileira.

O que a sociedade espera é o exercício de investigações sem tratamentos privilegiados a quem quer que seja, sobre a égide da independência institucional de todos estes órgãos na busca da verdade, com a punição de todos esses corruptos que há anos usam as suas garras para dilapidar o patrimônio público, tendo como coautores aqueles que governam o país.

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