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Editorial

As delações de empreiteiros, políticos já presos e de executivos de empresas ligadas ao esquema de corrupção no país têm sido um importante canal utilizado pelas equipes de investigação da Polícia Federal, que repassa as informações e provas colhidas à Procuradoria Geral da União para que possa tomar as providências cabíveis. Assim tem sido a condução do trabalho conjunto das duas instituições que vem desmantelando todo o aparelhamento do Estado promovido criminosamente por integrantes dos últimos governos.

Claro que as delações terão que ser filtradas pela Justiça no sentido de buscar a veracidade dos fatos alegados, uma vez que os delatores, para se safarem ou conseguirem uma pena menor, estão com uma metralhadora giratória nas mãos atirando em alvos que podem ser certeiros ou não. Tudo isso depende dos resultados de abertura de inquéritos e das investigações que são feitas. Nos casos da Operação Lava-Jato, por exemplo, aqueles que têm mandato em curso, têm a seu favor o foro privilegiado, que pode lhes dar uma sobrevida ao serem julgados pelo Supremo Tribunal Federal já abarrotado de recursos; quem não o tem, segue direto, após a denúncia da Procuradoria, para as mãos do juiz Sérgio Moro.

Entretanto as delações feitas pelos irmãos Batista, da JBS, que envolveram diretamente o presidente Michel Temer, está dando o que falar, pois, em que pese serem criminosos confessos, até o momento, os irmãos “Metralha” estão gozando da mais absoluta liberdade.

Embora seja um canal legítimo para a apuração de casos complexos, a colaboração premiada não pode ser um instituto de extinção de punibilidade.

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