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Em Muriaé: megaoperação desarticula organizações criminosas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas e com homicídios

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Os delegados Tayrony Espíndola, Alessandro da Mata e Rangel Martino
ASCOM PCMG

Na quarta-feira (11), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, em Muriaé, a operação “Juízo Final” com a finalidade de desmanchar organizações criminosas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas e com homicídios.

A ação contou com mais de 90 agentes, 30 viaturas, e teve o apoio do helicóptero “Carcará”, pertencente à PCMG de Belo Horizonte, que sobrevoou a cidade de Muriaé. Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de prisão e 18 de busca domiciliar. O trabalho foi realizado pela 4ª Delegacia Regional de Muriaé (4ª DRPC), com o apoio dos policiais de todas as Delegacias Regionais que integram a área de atuação do 4º Departamento de Polícia Civil de Juiz de Fora.

De acordo com as investigações, os suspeitos são membros de um grupo criminoso que luta contra rivais pelo comando do tráfico de drogas na cidade, praticando homicídios de integrantes inimigos. Entre os investigados, há um homem de 31 anos, considerado, pela Polícia Civil, o líder de um dos grupos criminosos, o irmão dele, de 21 anos, e outro homem de 38 anos. Com os suspeitos, foram apreendidos vários carros de luxo, entre eles, um veículo BMW, avaliado em mais de R$ 100 mil que, segundo as investigações, foram adquiridos com dinheiro do tráfico de drogas.

De acordo com o delegado Tayrony Espíndola, coordenador da Agência de Inteligência da 4ª DRPC, a ação é uma resposta aos números de homicídios ocorridos na cidade nos últimos anos, sobretudo, por adolescentes que são facilmente recrutados por esses grupos criminosos.  Segundo ele, a ação foi fruto de um esforço no mapeamento e identificação dos suspeitos em prol dos pedidos da população muriaeense. “Que já não aguenta mais ver jovens, e ultimamente até mesmo pessoas inocentes, sem qualquer envolvimento com o mundo crime, morrendo de forma violenta por conta do tráfico de drogas. No campo investigativo, que é o que nos compete, estaremos sempre monitorando estes criminosos e prontos para levá-los a julgamento, torcendo que, ao final, sejam condenados e presos longe do convício social porque, na verdade, eles não sabem viver em sociedade”, ressaltou.

Já o delegado Rangel Martino, titular da Delegacia de Homicídios, informou que grande parte dos homicídios investigados nos últimos anos foram praticados pelos suspeitos presos na operação, que se revezam para vingar a morte de comparsas. “Eles vêm se confrontando há muito tempo, recrutando adolescentes, para, literalmente, exterminar os supostos integrantes do grupo rival, num eterno ‘justiçamento’, onde, cada integrante morto, corresponde à certeza de morte de um membro do grupo rival”, explicou.

Todos os capturados foram levados à penitenciária local, onde permanecerão à disposição da Justiça.  Quanto aos bens e valores e demais objetos dos crimes, ainda estão sendo contabilizados, para que haja uma detalhada divulgação nos próximos dias. De acordo com o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil de Juiz de Fora, delegado Carlos Roberto da Silveira Costa, “esta é mais uma das operações de grande monta realizadas na área do 4° Departamento, que contou com o apoio de policiais e viaturas das Delegacias Regionais de Juiz de Fora, Ubá, Leopoldina e Viçosa”, enfatizou.

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