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Enfim, venceu a democracia

Francisco Laviola – 31/10/2018

A data de 28 de outubro de 2018 ficará marcada para sempre na História do nosso Brasil. Aconteceu o que tinha que acontecer. Quando digo que aconteceu o que tinha que acontecer, não estou falando da eleição de Jair Bolsonaro. Penso que o leitor tem a ideia de quem foi a verdadeira estrela desta eleição. Claro que não foi o deputado Bolsonaro. O deputado recém-eleito foi apenas o instrumento possível.  A verdadeira estrela destas eleições foi, sem dúvida, o povo brasileiro.

Nunca antes na História deste país, como diria o nobre presidiário, houve uma demonstração tão forte da vontade popular no sentido de romper com um sistema que há anos vem se perpetuando no comando do país. Apesar do esforço dos radicais das esquerdas, até prova em contrário, o establishment foi derrotado. Ambos os candidatos tiveram que se render ao sentimento do povo. Nem Bolsonaro pode manter os arroubos configurados em teses autoritárias, as quais o caracterizaram ao longo da sua vida pública, nem Haddad pode continuar a sua campanha alinhada com a figura de Lula, que tentava, a todo custo, comandar as ações do candidato petista de dentro da sua atual morada, lá em Curitiba. Isso ficou evidenciado com a altíssima rejeição de ambos e por isso tiveram que recuar de forma estratégica para tentarem recuperar os votos perdidos. Ainda assim, o fato inconteste é que, muitos votaram em Bolsonaro porque não queriam mais o PT no comando do país. Há muito tempo que o povo estava esperando esta oportunidade de dizer não à velha política, revelada nas diversas Operações da Lava Jato. Romper com tudo isso era apenas uma questão de tempo, de oportunidade e, principalmente uma questão de honra.

Por outro lado, outros tantos também votaram em Haddad, simplesmente porque se demonstravam contrários às teses de autoritarismo de Bolsonaro. Desta forma, apesar da diferença de mais de dez milhões de votos entre o candidato vencedor e o vencido, nem todos os votos foram para um ou para outro.  Diante da polarização, boa parte desses votos não foram votos de representação política. Foram votos de protesto, seja contra o sistema implantado há anos por Lula e seus seguidores, seja contra as promessas com ranço de um autoritarismo que não cabe mais no nosso sistema democrático.

Após essas peculiaridades demonstradas nestas eleições, resta dizer que as nossas instituições funcionaram muito bem, que o povo deu uma demonstração da sua força ao romper com um sistema nefasto para o país e que, apesar de tudo, o presidente Jair Bolsonaro ganhou com o voto popular a legitimidade necessária, de forma democrática, para tentar tirar o país da vala em que o colocaram. Tomara que ele possa cumprir o que disse logo após confirmada a sua vitória: “Que sejamos mais Brasil e menos Brasília”.

Enfim, a democracia saiu fortalecida.

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