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Enquanto o verão não chega…

Um dia desses, conversando com amigos, numa daquelas rodas chamadas popularmente de resenha, quando todos falam praticamente ao mesmo tempo e onde se fala e se ouve de tudo, um deles detonou os noticiários. Disse que detesta ver jornais, revistas ou os noticiários de televisão, pois só se dá destaque às notícias ruins e que prefere ver os comerciais, principalmente os de cerveja. É claro que a intervenção do amigo tinha uma conotação de brincadeira, embora seus olhos tenham brilhado ao se lembrar da propaganda do “Vai, Verão”.

Gargalhadas à parte, ponderei que os noticiários são informações das quais todos nós necessitamos, sob pena de nos tornarmos um desses desinformados e que eles, os noticiários, só relatam os fatos vividos do cotidiano. Ponderei também que sou um consumidor de notícias, quer seja através dos jornais impressos, das informações pela internet, ou, principalmente, dos noticiários televisivos, embora não fosse hipócrita o suficiente para dizer que fecho os olhos para a publicidade da cerveja do “Vai, Verão”. É que, em conversa de roda de amigos, dá de tudo e ficou um enigma na criação da publicidade a ser descoberto, ou seja, se a moça da propaganda se chama Vera e pelo seu porte físico é chamada de “Verão”, ou se a publicidade está fazendo referência à estação do ano, que começou ontem, dia 21. Enfim, é sempre um momento gostoso, nos quais se aproveita para jogar conversa fora.

Mas falando sério, voltando ao comentário do amigo, que disse que os noticiários só dão destaques para as tragédias e para os acontecimentos ruins, espero que o ano de 2015 tenha sido apenas um ano atípico. Se olharmos pelo retrovisor do tempo, vamos ver que passamos por uma estrada estreita, esburacada, cheia de pedras ou de lama e que dificilmente vamos nos lembrar de termos ouvido algo de bom que pudesse nos dar um pouco de alento. Neste findar de ano, que já se aproxima, estamos vendo um país mergulhado numa economia deteriorada, por falta de competência de um governo inteiramente desajustado politicamente. Um governo que passa diuturnamente atestados de incapacidade, absolutamente inerte, inepto, e o que é pior, exalando o odor da podridão que está sendo desvendada pela Lava-Jato. Temos também um Poder Legislativo desacreditado, desmoralizado e deixando para o Poder Judiciário a responsabilidade de tomar as decisões que são da sua competência.

Em outra vertente, temos um país sem segurança, onde as pessoas têm medo de ir às ruas por causa da alta criminalidade, além de uma séria ameaça de epidemias diversas, provocadas por um mosquitinho que vem aterrorizando as famílias, exatamente no setor onde existe uma grande carência e uma demanda infinita, que é a saúde pública. Quanto ao mosquito e todas as outras notícias ruins das quais somos testemunhas todos os dias, é preciso que os brasileiros façam um pacto. Um pacto contra todos os tipos de epidemias, que durante os últimos anos, fizeram do Brasil um país doente.

No mais, daqui a pouco chegará o período de férias. Portanto, que venha o verão.

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