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Governo Dilma, uma coleção de crises

No domingo passado, mais uma vez, o povo foi às ruas na maioria das grandes cidades brasileiras, com o objetivo de protestar contra o governo (ou desgoverno?) da presidenta Dilma Rousseff. Neste ano, esta foi a terceira vez que ocorreu uma manifestação popular, o que demonstra a insatisfação do povo, não somente contra a atual presidenta, mas principalmente contra o modelo político gestado e instalado na Era Lula, e que acabou por desaguar neste mar de corrupção da qual todos os brasileiros são testemunhas e vítimas.

O momento é delicado para o país, e, certamente, seria assim também da mesma forma se qualquer outro nome assumisse o governo, devido aos erros crassos cometidos por quem nunca esteve à altura do cargo que ocupa. Para se reeleger em 2014, a presidenta, assessorada por marqueteiros e por uma equipe econômica submissa, tratou de represar as tarifas públicas, os preços de combustíveis, fez um rombo nas contas do governo e permitiu a maquiagem contábil, hoje chapada de “pedaladas”.

Todos sabiam que esta bolha estouraria a partir de 2015, pois a inflação já sinalizava que estava em alta e com o aumento dos juros, a recessão que deixaria o país praticamente paralisado e sem crescimento algum era só uma questão de tempo. Era uma “bomba-relógio” com hora marcada para explodir.

Ora, culpa só da Dilma? A resposta é não. O povo teve nas mãos a oportunidade e a sua melhor arma, o voto, que deveria ter sido usado para dar um basta no modelo lulopetista de governar e não o fez, retirando desse imbróglio apenas as camadas mais pobres da população, aqueles que não entendem de economia, sendo, portanto, vítimas do tal estelionato eleitoral, sobre o qual se referia a oposição.

Agora, com o estouro da “bomba”, o povo está nas ruas gritando: “Fora Dilma; Fora PT”. Falar em impeachment? Uma possibilidade muito remota, uma vez que, embora totalmente desarticulada, a presidenta ainda tem uma base parlamentar que lhe garante o mandato. Falar de renúncia? Uma tolice. Dilma, durona como é, jamais renunciaria a um mandato que mal está começando, a não ser que a Lava Jato e o Tribunal de Contas da União (TCU) lograsse o êxito de transpor a blindagem construída para proteger a presidenta e pudessem descobrir na lama do “fundo do poço” algum rastro de ilegalidade ou crime de responsabilidade.

As manifestações populares são legalíssimas, pois fazem parte do direito de expressão, devidamente acautelado pela Constituição e consagrado em qualquer democracia. E a legitimidade destas manifestações ganha um peso extra, na medida em que aumenta a insatisfação popular, em função da coleção de crises nas quais o governo petista mergulhou o país: a crise econômica, a crise política e uma crise moral sem precedentes.

E se  a presidenta cair, apesar de todos os erros, cambalachos e maracutaias já constadas em seu governo, poderá haver ainda uma crise institucional. Pior para os trabalhadores brasileiros, que certamente, será quem pagará mais esta conta.

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