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Heteroclastia

De uns tempos para cá iniciou-se uma campanha contra a heterosexualidade ou, mais precisamente, contra qualquer coisa que afirme ou faça referência a heteronormalidade, num verdadeiro processo de demonização da duplicidade de gêneros, campanha essa capitaneada pela professora universitária norte-americana Judith Butler e sua companheira, também professora, Wendy Brown.

Para Judith Butler, o gênero é uma “construção social”. Quando você nasce, você não nasce nem homem, nem mulher, nem gay e nem lésbica, você deve aprender a se construir desde cedo com tantos gêneros quanto você quiser. Segundo ela, os principais gêneros que foram “inventados” foram o homem e a mulher e os pais e professores mentem para as crianças quando dizem a elas que elas nasceram “meninos” ou “meninas”. O resultado disso, ainda segundo a professora, foi o surgimento de uma instituição chamada família, formada por um homem e uma mulher o que é chamado de “heteronormatividade”.

Sempre fui contra a qualquer tipo de discriminação, seja com relação à cor, à nacionalidade, à convicções religiosas ou políticas, porque entendo que as pessoas nasceram para serem livres e defendidas de quaisquer espécies de preconceitos. Entendemos perfeitamente que várias minorias têm sido discriminadas e se não fosse a edição de leis pertinentes, a situação estaria ainda muito pior. Por isso as reações são às vezes violentas e extrapolam o bom senso. Condenar as discriminações de quaisquer espécies, sim, mas demonizar a heterosexualidade e afirmar que os gêneros masculino e feminino representados respectivamente pelo homem e pela mulher são “construções sociais sem qualquer base biológica” e foram inventados pela sociedade como instrumento de dominação  e que pais e professores mentem para as crianças ao afirmarem que  as pessoas nascem meninos e meninas, é, sem dúvida, uma afirmação muito ousada.

Os animais irracionais se caracterizam pelo gênero masculino e feminino. As plantas ostentam em suas flores os órgãos femininos, que são os gineceus, composto pelo ovário que produz e armazena os óvulos e os órgãos masculinos que são os androceus, caracterizados pelos estames que sustentam as bolsas com os grãos de pólen. Quando os grãos de pólen alcançam o gineceu acontece a fecundação. O ovário vai se trans formar em fruto e o óvulo em semente. Tanto ensinamento ministrado pela natureza em seu processo milenar de multiplicação das espécies para uma mera teoria tentar jogar por terra a heterosexualidade.

É claro que teorias assim são como tempestade de verão, modismos que vêm e vão como folhas ao vento. Assim são também algumas pornografias que alguns tentam chamar de arte, como daquela Exposição em Porto Alegre e a última pornô-exposição no Palácio das Artes, em Belo Horizonte.

Não sou expert em religião e me acomodo em meu agnosticismo, respeitando todas as crenças, com exceção daquelas cujos membros atentem contra a liberdade e a vida de outras pessoas. Mas fico imaginando como ficaria para esse povo da “Nova Teoria dos Gêneros” a redação revisada dos Gênesis 1,26  e  2,22 que fala da criação do homem, cujo nome em hebraico é “Ich” e da mulher que, derivada dele é por isso mesmo chamada “Ichá”.  Seria um tanto quanto difícil dizer que o correto seria o Criador ter dito na aurora da criação: “Criemos um ser sem sexualidade definida à nossa imagem e semelhança com o nome de Ich e façamos para sua companheira um ser também de sexualidade indefinida com o nome de Ichá. … e eles que se virem para multiplicarem a espécie…”

A sorte é que nessa vida tudo passa…e passa rápido…!

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