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Nas hostes do Senhor

No que se refere ao Evangelho enorme distância existe entre teoria e prática

“Corramos com perseverança  a carreira que nos está proposta.” – Paulo (He., 12:1)

A carta de Paulo aos hebreus não deixa margem a dúvidas: ele utilizou-se do verbo  “correr”  (indica movimento, ação, dinamismo, esforço…)

A carreira que nos está proposta  tem  como meta a perfeição, mas não podemos lográ-la apenas batendo a  mão no peito e, genuflexos, exclamar: “Senhor! Senhor!…” sem fazer o que Ele manda.

Com sabedoria expõe Emmanuel : “é indiscutível a nossa imperfeição de seguidores da Boa-Nova. Por isso mesmo guardamos o título de aprendizes. O Planeta não é o paraíso terminado  e  achamo-nos, por nossa vez, muito distantes da angelitude”.

Não poucas criaturas que já começaram a despertar para a “carreira” assinalada pelo Apóstolo dos Gentios, embora  aceitem o poder de Jesus, confiem na vida além da vida  e se  reconfortem  ante  os  benefícios  da  crença,  ainda   estão assentados  à beira do caminho evolutivo aguardando a “graça”  do Mais Alto. Portanto, não basta situar nossa Alma no pórtico do templo e aí dobrar os joelhos reverentemente: é imprescindível correr  com perseverança a carreira assinalada por Jesus.

Se ficarmos apenas no “Senhor! Senhor!…”, estaremos nos assemelhando ao navio admiravelmente equipado, que vivesse indefinidamente no porto, sem navegar…

Larga distância existe entre teoria e prática no que se refere ao Evangelho do Mestre, pois temos que ser não apenas bons receptores, mas, também, excelentes multiplicadores das sublimes lições que clareiam as trevas de nossas existências.  Tal ação, porém, não deverá ficar adstrita tão somente no verbo inflamado, mas na prática: fazer aos outros o que queremos que nos façam; tolerar as  lacunas  do  próximo; suportar as fraquezas do vizinho; governar os próprios  impulsos, ser bondoso e confiante, dedicar-se com perseverança ao estudo  e à  meditação,  nunca  fugir  ao esforço  dos  braços,  saber  ser conselheiro,  vazando  as palavras na santificação  dos  próprios atos,  elevar o padrão verbal vigiando as nascentes  do  coração; estimar  a castidade em todos os níveis e refrear a  ambição  soez, desprendendo-se da ânsia mesquinha de reter cada vez mais e  mais possibilidades  argentárias;  cultivar as virtudes e  moderar  os apetites inferiores do “homem-velho”.

Enquanto permanecermos nos terrenos da teoria, estaremos simplesmente  vivenciando  os  rudimentos  da Doutrina  de  Jesus.  Mas, somente quando  começamos  a  praticar  os ensinamentos do Mestre é que tem início a corrida na carreira que nos está proposta.

Lembra-nos ainda – judiciosamente – Emmanuel, o notável e singular guia espiritual de Chico Xavier1: “na Seara do Cristo é indispensável afinar nosso instrumento  de serviço pelo Seu diapasão a fim de  não  levarmos prejuízos às Suas obras.  Evitemos  a execução insegura, indistinta  ou perturbadora, oferecendo-Lhe plena boa vontade na tarefa que  nos cabe,  e  o  Reino Divino se manifestará  mais  rapidamente  onde estivermos”.

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