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Natal

O Senhor nos conclama à tarefa que o Evangelho nos assinala

Por ocasião da época em que se comemora o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo a ambiência convulsionada da Terra experimenta raros momentos de paz envolvida que fica nas vibrações cariciosas do Meigo Pastor Celeste, que parece aproximar-Se da Crosta Planetária espalhando as benesses de Seu coração amorável…

Pena que dura pouco e logo estão de volta as notícias terríveis das mídias… É, pois, compreensível quando a nobre poetisa Carmen Cinira num rasgo de inspiração compoe os versos que se seguem:

“(…) Natal!… Prossegue o Mestre, de viagem,

Em vão buscando um quarto de estalagem,

Um ninho pobre, em vão!…

E encontra sempre a cruz, ao fim da estrada,

Por não achar socorro, nem pousada

Em nosso coração”.

Sem embargo, “meditando o Natal”, Emmanuel, o nobre Mentor do saudoso Chico Xavier afirma : “(…) Na exaltação do Natal do Senhor, acalentemos nossa fé em Jesus, sem nos esquecermos da fé que Jesus deposita em nós.

Não desceria o Senhor da comunhão com os anjos, sem positiva confiança nos homens.

É por isso que, da manjedoura de simplicidade e alegria à cruz da renunciação e da morte, vemo-lO preocupado na recuperação das criaturas: convida pescadores humildes ao seu ministério salvador e transforma-os em advogados da redenção humana; vai ao encontro de Madalena, possuída pelos adversários do bem, e converte-a em mensageira de luz; chama Zaqueu, mergulhado no conforto da posse material, e faz dele o administrador consciente e justo; não conhece qualquer desânimo ante a negação de Pedro e nele edifica o Apóstolo fiel que Lhe defenderia o Evangelho até ao martírio e à crucificação; não se agasta com a dúvida de Tomé e eleva-o à condição de missionário valoroso, que Lhe sustenta a causa, até ao sacrifício; não Se sente ofendido aos golpes da incompreensão de Saulo, o perseguidor, e visita-o, às portas de Damasco, investindo-o na posição de emissário de Sua graça, coroado de claridades eternas…

A fé e o otimismo do Cristo começaram na descida à estrebaria singela e continuam, até hoje, amparando-nos e redimindo-nos… Assinalando, assim, os júbilos do Natal, recordemos a confiança do Mestre e afeiçoemo-nos à Sua obra de amor e luz, tomando por marco de partida a nossa própria existência.

O Senhor nos conclama à tarefa que o Evangelho nos assinala… Nos primeiros três séculos de Cristianismo, os discípulos que Lhe ouviram a Celeste Revelação levantaram-se e serviram-nO com sangue e sofrimento, aflição e lágrimas…

Que nós outros estejamos agora dispostos a consagrar-Lhe igualmente as nossas vidas, considerando o crédito moral que a atitude d`Ele para conosco significa…

Aprendamos, trabalhemos e sirvamos, até que um dia, qual aconteceu ao velho Simeão, da Boa Nova, possamos exclamar ante a Presença Divina: – agora, Senhor, despede em paz o Teu servo, segundo a Tua palavra, porque, em verdade, meus olhos já viram a Salvação”.

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