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Os “ismos” que incomodam

Há muito tempo que se busca no Brasil uma forma de identificar ou, no mínimo, conceituar ideologicamente o tipo de governo existente para cada período ou época. Na política, em geral, muito se fala em populismo, que é um tipo de corrente estética e literária que busca assuntos e temas para as suas obras junto ao povo mais simples, conquistando nessa camada da sociedade simpatia e popularidade. No governo petista, por exemplo, com a publicidade dos chamados avanços sociais, utilizou-se muito este expediente.

Não é à toa que ao longo desses anos vem me chamando à atenção esse tipo de viés utilizado por correntes políticas, com o intuito de ganhar a confiança do povo. Confesso que a minha curiosidade me encaminhou para a Wikipédia, para buscar uma definição plausível que explicasse os “ismos” tão utilizados para identificar a diversidade de tais correntes.  Encontrei lá: “ismo: sufixo de origem grega que exprime a ideia de fenômeno linguístico, sistema político, religião, doença, esporte, ideologia, etc. É nesse cenário confuso que transitam o petismo, o lulismo, o bolsonarismo, e agora, também, por acréscimo, o olavismo. Dos outros “ismos”, não precisa falar. Todo mundo conhece de sobra. Mas, esse tal de olavismo, que a grande mídia busca contextualizar como uma influência nova, realmente não estava nos planos de ninguém.

Segundo se sabe, Olavo de Carvalho é um ideólogo, sem formação acadêmica, diga-se de passagem, ignorado nas Universidades do país e tido como figura folclórica da direita nas redes sociais, mas que tem os seus seguidores, incluindo-se aí o presidente e seus amados filhos. O principal problema é que, segundo informações, suas análises se misturam com teorias conspiratórias de procedência duvidosa. Se isso é verdade, ou não, ainda está para se descobrir. No momento, é o que dizem. O que se pode confirmar, até agora, é que ele mora nos Estados Unidos e, de lá, fica dando palpites através das redes sociais, destilando boa dose de veneno ideológico, aproveitando-se de um governo cuja liderança se mostra despreparada e que expõe fragilidades incontestes ao tentar construir uma base de apoio no Congresso Nacional.

Certo é que o bolsonarismo de direita virou um contraponto ao lulismo de esquerda, expondo o radicalismo – olha outro “ismo” aí – pavimentado pelo desejo de mudança expressado pelo povo nas eleições do ano passado.

Enquanto o governo e o Congresso não se acertarem com relação às reformas salvadoras, o país continuará em compasso de espera, gerando mais incertezas no mercado, o que é extremamente ruim para a economia. E só existe governo forte se a economia se mostrar forte. No mais é tudo balela. Bolsonarismo, lulismo, petismo, olavismo só gera radicalismo, cujos sufixos de origem grega só são conhecidos se consultar a Wikipédia, a enciclopédia virtual. Até a próxima.

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