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Os mistérios de um ditador

Os mistérios que cobrem a vida de uma celebridade são desvendados muitos e muitos anos depois de sua morte, principalmente os mistérios que envolvem a vida de um ditador. Foi assim com Stalin, cujas minúcias sobre seu regime de terror só foram desvendadas depois que o governante russo Mikhail Gorbachev, com a Glasnost e a Perestroika, abriu os arquivos da extinta URSS ao mundo civilizado. Só assim ficamos sabendo que os mais de 150 mil oficiais do Exército polonês fuzilados e sepultados em covas coletivas, foi obra de Stalin e não do Exército alemão. Do mesmo modo, ficamos sabendo das atrocidades da ditadura hitlerista.

No que se refere à ditadura de Fidel Castro (de 1959 a 2008) o desvelamento dos mistérios está sendo mais breve do que se esperava, pois muitos jornalistas já pesquisavam sobre os segredos do ditador cubano e as controvérsias sobre sua vida particular.

O primeiro grande problema é o verdadeiro nome do ex-ditador cubano. Segundo fontes do governo cubano seu nome era Fidel Alejandro, mas ele possui diversas certidões de nascimento em virtude de sua condição de filho ilegítimo, por isso, teve diversos outros nomes. A historiadora Cláudia Furiati, em um livro publicado em 2003, afirma que na certidão de batismo de Fidel, de 1935, ele foi registrado como Fidel Hipólito Ruz Gonzales. Já em 1938 consta outro nome: Fidel Cassiano Ruz Gonzales e em 1941, quando foi finalmente reconhecido pelo pai, passa a se chamar Fidel Alejandro Castro Ruz, nome pelo qual ficou conhecido até a sua morte.

Mulherengo ao extremo, teve muitos filhos, cerca de onze, entre legítimos e ilegítimos, segundo a jornalista americana  Ann Louise Bardach. A jornalista ainda inclui outros “herdeiros” não confirmados, como um homem chamado Ciro Redondo que teria sido fruto de uma breve relação do líder cubano. A mesma jornalista afirma ainda que em 2007 uma desertora do Serviço de Inteligência cubano disse ter tido um filho com Fidel nos anos 70.

Quanto à fortuna do ditador, a revista Forbes passou a incluí-lo entre os mais ricos a partir de 1997 e em 2006 o líder cubano aparece na citada revista com uma fortuna avaliada em USD 900 milhões (R$ 3,1 bilhões). Com o tempo, muitos outros segredos ainda virão à tona.

Por ocasião da morte do Ditador cubano, em 2016, fiz um poema, não em sua homenagem, mas para os milhares de cubanos mortos no “paredón” ou exilados do país.

 

A MORTE DO TIRANO

(25/11/2016)

Adellunar Marge

 

O tirano destruiu os ideais de muitos,

dobrou-lhes o corpo com a tortura, subtraiu vidas

no “paredón” ensanguentado.

Gestou, na crueldade das suas ações, multidões de órfãos e viúvas

ou matou, na semente da juventude, os filhos e esposas que seriam…

 

O tirano, ensandecido pelo poder, implantou o medo e o terror

no coração dos homens.

A melodia que embalava os sonhos na ternura dos boleros,

emudeceu na ilha.

 

O tirano espojou-se no sangue de gerações mas não derrotou

a morte.

Um dia ela chegou e o encontrou envelhecido de corpo e

de alma

e o tirano sucumbiu.

 

Já estava morto, quando morreu.

Os que sobreviveram à sua tirania bailaram à luz do luar

ainda longe da ilha,

com a esperança de voltar…

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