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PASCHOAL BERNARDINO FELIPPE

Nascido em 05 de abril de 1900
Falecido em 08 de agosto de 1958

paschoal bernadinoPaschoal Bernardino Fellipe nasceu em Santo Antônio de Pádua, Estado do Rio de Janeiro, a 05 de abril de 1900. Esta figura, que dignificou o sacerdócio da atividade farmacêutica, foi levado aos três anos para Porto Maurício, Itália, por seu pai enviuvado, onde aprendeu as primeiras letras, junto de seus avós. Dez anos depois, voltou para o Brasil, e, Muriaé teve a sorte de recebê-lo. Aqui, talvez, reaprendeu o português com os insignes mestres Doutor Henrique Mazzine e Doutor Ururahy Macedo. Fez seu curso de Madureza em Leopoldina, e, transferindo-se para o Rio de Janeiro, formou-se farmacêutico pela Faculdade Nacional de Farmácia. De volta a Muriaé, sua terra por adoção, fundou a famosa Pharmácia Paschoal, de sociedade com seu pai e duas irmãs.

Paschoal Bernardino nunca exerceu ou ocupou cargo político ou público, embora várias vezes foi instado a ingressar nos mesmos. Sua vocação era a de, por si mesmo, lutar para ajudar os necessitados, com suas próprias forças e recursos.

Como farmacêutico, era o “Doutor Paschoal” dos pobres. Fazia de sua profissão uma arte. Por haver poucos médicos na cidade, muitas vezes, o próprio corpo clínico local o chamava para anestesista, assistindo, assim, inúmeras operações no hospital local, tal a confiança que se podia depositar nele. E, muitas vezes, estudioso constante de sua profissão, exerceu o papel de verdadeiro médico, no mais perfeito sentido da palavra, sem fazer disso, absolutamente, motivo para burlar as leis, pois, todos o conheciam e, se o procuravam ao invés de um médico, era não só pela carência desses profissionais como pela autoconfiança que o “Doutor Paschoal” mostrava em tudo que dizia ou mandava fazer.

Sua caridade não possuía limites. Atendia a todos, indistintamente, dedicando especial atenção aos pobres, a quem fornecia gratuitamente remédio, quando necessário, com um espírito de solidariedade humana bastante incomum. Por isso mesmo, foi considerado o “Pai dos Pobres”. Sua personalidade impôs-se em nosso meio. Sua retidão de caráter e seu espírito paternal e amigo granjearam-lhe a admiração e o respeito de toda a nossa cidade. Por isso, foi agraciado “post mortem” com o título de Cidadão Honorário de Muriaé, pelo então prefeito Doutor Antônio Canêdo. Seus amigos erigiram-lhe, em 1959, um busto de bronze na conhecida Praça do Rosário. E o ex-prefeito Dante Bruno, mais uma vez reconhecendo a grandeza de sua figura e o que representou para nossa gente, colocou o seu nome na rua onde, durante quarenta e cinco anos, exerceu com dignidade e eficiência a sua nobre profissão. Faleceu no dia 08 de agosto de 1958, abrindo uma lacuna em nossa sociedade e deixando viúva a Júlia Dutra e Mello Felippe, com quem tinha os seguintes filhos: Giovani Felippe, auxiliar do estabelecimento farmacêutico; Doutores Gilmar e Gilton Dutra, médicos nesta cidade; Gilsa, casada com Sebastião Bruno, comerciante local; Gilson Dutra, bancário no Rio de Janeiro; Gilka, casada com Fuede Féres, representante comercial; Gilséa, casada com Ernani Torres de Paula, comerciante; e Gildéa.

Pelo que foi de gente, pelo espelho em que se constituiu para as gerações que lhe sucederam, por sua dignidade profissional, pelo seu desinteresse, sem a necessidade de maiores adjetivos, Paschoal Bernardino Felippe foi um exemplo a imitar e a reverenciar.

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