PAULO ALVIM MONTEIRO DE CASTRO
Nascido em 06 de abril de 1930
Falecido em 22 de dezembro de 1988
Nascido em Muriaé, era filho do farmacêutico Álvaro Monteiro de Castro e de Elvira Rogério de Castro.
Fez seus estudos primários no Colégio Edmundo Germano, concluindo no Ginásio São Paulo, o Curso Ginasial, e, no Colégio Leopoldinense, o Ciclo Colegial.
Mesmo com a morte prematura de seu pai, mas apoiado pela mãe e por toda a família, foi para o Rio de Janeiro, onde concretizou o sonho acalentado desde criança, diplomando-se em Engenharia pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil.
Durante o curso, trabalhava como desenhista no escritório da firma N. Rodrigues S.A., onde permaneceu por três anos. Ainda cursava o 5º ano de Engenharia, quando ingressou, como estagiário no DNER. Era o início de uma carreira de êxitos e sucessos. Galgaria todos os postos da hierarquia do Órgão, desde engenheiro auxiliar, chefe de residência, chefe de seção, chefe de serviço, assessor, substituto do diretor, culminando com a nomeação em 1964 para o cargo de diretor de obras de conservação e restauração de rodovias, sendo, então, o mais novo engenheiro do Órgão a alcançar o cargo de diretor. Trabalhou em incontáveis obras de estradas por todo o Brasil.
Por três vezes, foi agraciado pelo governo brasileiro pelo desempenho na chefia das obras de pavimentação do trecho Juiz de Fora – Barbacena da estrada Rio-Belo Horizonte, a primeira grande obra rodoviária do Presidente Juscelino Kubitschek; quando do término da “Fernão Dias”, outra das importantes metas do grande Presidente; e a terceira, quando, sob sua direção, foram executadas as obras de recuperação da Rio-Petrópolis, após a tragédia da Serra das Araras, quando um desmoronamento soterrou mais de quatrocentas pessoas e destruiu grande parte da estrada. O governo baiano também prestou-lhe grande homenagem, denominando Residência Engenheiro Paulo Alvim Monteiro de Castro a residência do DNER em Cruz das Almas, o maior centro produtor de fumo do país, às margens da BR- 101. Já como engenheiro residente, escreveu o trabalho “Instruções para Controle de Misturas Betuminosas” que, publicado na Revista “Construção”, recebeu o Prêmio Pontes Correa, por ter sido considerado o melhor artigo técnico escrito naquele ano no Brasil, na área rodoviária.
Era sócio ou membro de diversas Associações: – Clube de Engenharia; Associação Rodoviária do Brasil; Associação Brasileira de Pavimentação; Highway Research Board (National Academy of Sciences – National Research Council – U.S.A.).
Coordenou e chefiou inúmeros projetos de engenharia, deixando estudos e tratados sobre o assunto. Teve editado, em co-autoria, os livros “Curso de Pavimentação” e “Pavimentos”, sendo que o primeiro passou a ser adotado em, praticamente, todas as escolas de engenharia, tornando-se, por muitos anos, a “Bíblia” da pavimentação asfáltica em todo o Brasil, pois, não havia outro livro editado em português sobre a matéria.
Paralelamente ao seu trabalho no DNER, era consultor técnico pela Petrobrás e, em 1969, depois de cinco anos como diretor do DNER, passou para a iniciativa privada trabalhando por mais de dez anos em firmas conceituadas, como a EULER, a AMPLA e a SET. Voltou, então, ao DNER, a convite do seu diretor, onde permaneceria por mais alguns anos até vir a falecer.
Muriaé dele recebeu, através de entendimentos com órgãos federais, na gestão de Hélio Araújo, o alargamento da ponte sobre o rio Muriaé; a construção da nova ponte sobre o Rio Preto; a construção da nova rodoviária, na gestão de João Braz, com recursos conseguidos graças à ajuda dos conterrâneos Ivo Manarino, Carlos Augusto Feres e Doutor Pio Canêdo. Em 1969, quando se reparava para se afastar do DNER para entrar na iniciativa privada, deixou assinalado no Mapa Rodoviário do Estado, o primitivo traçado da estrada Muriaé-Ervália.
Paulo Alvim Monteiro de Castro era casado com Dona Elba Nascimento Monteiro de Castro, com quem teve os filhos: Fernando, Ana Lúcia e Álvaro, todos engenheiros. Faleceu em 22 de dezembro de 1988.