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Paz, fruto da justiça, da liberdade, da caridade e da verdade

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em maio do ano passado, frente à crescente onda de violência em todo o país, estabeleceu 2015 como “ano da paz”. O intuito seria gerar no coração de toda a sociedade, e não somente da Igreja Católica, uma iniciativa de paz, fundamentada na justiça, na liberdade, na caridade e na verdade.

Não é nada fácil gerar uma “cultura” da paz, fortemente edificada sobre tais valores em uma sociedade dividida. O prazer, o poder e o ter, as três tentações de Jesus no deserto, continuam sendo, em todos os tempos da história humana, as mais atenuadoras tentações que têm seduzido e devorado as relações. No evangelho de domingo, através de um fato concreto e do comentário do discípulo João (“Mestre, vimos um homem expulsando demônio em teu nome e lhe proibimos por não fazer parte de seus seguidores”), Jesus nos deixa três ensinamentos bem sólidos. O primeiro é que o reino é muito maior do que uma igreja, um grupo ou até mesmo uma entidade ou coisas afins; aqueles que agem em favor do bem somam, e não subtraem. O segundo ensinamento é que os discípulos nunca devam tomar atitudes que escandalizem os pequeninos, aqueles que têm a primazia no reino de Deus. Infelizmente, vemos tantos “discípulos”, ou seja, seguidores, fazendo divisões, brigando pelo poder, vivendo pelo prazer e pelo ter, tratando mau os irmãos, tomando decisões que envergonham e desonram o nome de cristãos. Tais “escândalos” ou decisões induzem ao descrédito da proposta de Jesus e, ao mesmo tempo, afasta muitos de aderirem aos projetos de Jesus. Por fim, Jesus ensina-nos a cortar pela raiz todos os desejos e sentimentos que nos afastam de seu seguimento e de sua proposta. A proposta de Jesus são gestos de pessoas de boa vontade, que agem para a construção de um mundo melhor e mais humano, mais justo e mais fraterno.

No domingo, 4 de outubro, estará acontecendo uma convocação em massa a toda a nossa sociedade muriaeense para uma caminhada pela paz. Todas as igrejas cristãs e pessoas de boa vontade. Não era este o desejo de nossos bispos, somente. O certo seria a realização de um fórum social, de abordagem nas escolas, nas comunidades, nas associações de bairro e, aí sim, como resultado de um caminho percorrido, a convergência com um manifesto público que gerasse meios e caminhos para a paz em nossa sociedade. Mas, se começamos pelo fim, está ótimo. O importante é começarmos. Que não morra nesta caminhada este sonho da CNBB, e como diz a gíria dos jovens: que estejamos todos juntos nesta luta que conta com todos nós.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

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