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Polícia Civil diz que morte polêmica foi suicídio; irmão da vítima contesta

A Delegacia de Mulheres da Polícia Civil de Muriaé anunciou, na sexta-feira (12), que o inquérito sobre a morte da jovem Jozilaine Ribeiro da Silva, de 29 anos, aponta para suicídio. O caso, ocorrido no dia 10 de março deste ano, gerou grande repercussão na cidade, com boatos que falavam em homicídio.

Na ocasião, o corpo de Jozilaine foi encontrado pendurado em uma janela de um apartamento no bairro da Barra. Segundo a delegada titular da Delegacia de Mulheres, Dra. Nathalia Santos Magalhães, a coletiva de imprensa foi convocada devido à repercussão em cima do caso, com suspeita de feminicídio.

“Depois de uma longa e minuciosa investigação, junto do médico legista Dr. Rodrigo Barreto Campos, concluímos que neste caso a situação realmente não é de homicídio. Não existem características técnicas que possam levar a essa conclusão, fazendo com que a gente conclua pelo suicídio mesmo”, disse a delegada.

O médico legista revelou que, desde o início das investigações, os laudos apontavam para uma morte por asfixia, compatível com o que foi levantado no local e com a investigação da Delegacia de Mulheres. “Por ser um caso de grande repercussão, foram colhidos materiais, enviados ao Instituto Médico Legal em Belo Horizonte, onde foram realizados diversos exames que alicerçaram a hipótese de suicídio. No caso, a conclusão que a Dra. Nathalia chegou após juntar todos esses dados, laudo de local, laudo da necropsia e demais partes do inquérito, é de que houve suicídio. O laudo inicial é de uma clareza solar quanto à asfixia, a causa mortis foi asfixia mecânica por constrição do pescoço com laço/enforcamento, como consta no atestado de óbito. Tinha sinais clássicos de asfixias, como o ‘Sinal de Tardieu’, sinal que aparece nos pulmões e coração. Nenhum sinal de violência foi encontrado nesse corpo, foram realizados diversos exames. Infelizmente houve muito mais boatos e fake News do que realmente o que de fato ocorreu”, disse o médico legista.

A delegada ainda fez questão de apresentar o motivo da exposição deste inquérito concluído. “Não é um caso que gostamos muito de divulgar, pela situação, mas em razão das notícias espalhadas logo após a morte, achamos por bem dar esse retorno à sociedade, para que não restem dúvidas de que todo o trabalho foi feito de maneira minuciosa”, completou Dra. Nathalia.

A conclusão não agradou ao irmão da vítima, Joziel Ribeiro. Em sua página no Facebook, em postagem pública, ele contestou a versão da Polícia Civil. “A minha irmã não tinha motivo e nem mostrava sinal pra fazer tal brutalidade com ela mesma, tudo que ela pensava era na minha mãe e no bem estar dela. Qual motivo da minha irmã cometer um suicídio? Sem chance nenhuma”, postou o irmão da vítima.

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