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Professores da Rede Estadual de Ensino fazem manifestação em Muriaé

Os professores e trabalhadores da educação da Rede Estadual de Ensino fizeram, na tarde de quinta-feira (21), mais uma manifestação cobrando do governo o pagamento integral da 1ª parcela do mês de junho para todas as categorias do setor.

Até o momento cerca de oito, das 12 escolas estaduais do município, estão com as aulas suspensas desde o início do mês. Além de outras cidades da região como Miradouro, Patrocínio do Muriaé, Miraí, Bom Jesus e Barão do Monte Alto.

De acordo com Sandra Lúcia Couto Bittencout, professora e integrante da diretoria estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o governo priorizou o pagamento da Polícia Militar e os professores e aposentados da educação estão, até o momento, sem receber. “Alguns profissionais receberam R$500. Nós queremos que o pagamento seja feito no próximo 5º dia útil e que todos recebam. Continuaremos também de greve devido à PEC do piso salarial que está na Assembleia e ainda não foi aprovada. Nós, educadores da ativa só voltaremos às atividades quando todos receberem seu salário, incluindo os aposentados. Por isso, pedimos aos pais dos alunos e todos da sociedade que nos ajude nessa luta, já que ninguém vive ‘de graça’ neste País. Precisamos do nosso dinheiro para pagar alimentação, moradia e transporte”, conta.

Wesley de Souza Rodrigues, coordenador da subsede do Sind-UTE de Muriaé, disse que já vem sendo uma prática do governo dividir o salário dos educadores em três parcelas. “De um tempo para cá, a primeira parcela vem sendo paga com atraso. Dessa forma, foi votado no último congresso do Sind-UTE/MG que seria feita uma grave a partir do 5º dia útil do mês se o governo não pagasse a primeira parcela. Como o governo não pagou, a greve teve início no dia 11 de junho. Trabalhamos para o Estado e para o País, merecemos ser tratados com respeito e dignidade. Ninguém consegue trabalhar sem pagamento, o que estamos pedindo é essencial”, conta.

Em março de 2018, caravanas do Sind-UTE/MG das subsedes da Zona da Mata (Ouro Preto, Carangola, Juiz de Fora, Barbacena, São João Del Rei, Viçosa, Ponte Nova, Muriaé e cidades da região: Eugenópolis, Miraí, Miradouro, Mariana), membros da Secretaria Regional de Ensino de Muriaé, de Juiz de Fora, de Carangola e de demais cidades, concentraram-se na Praça Coronel Tibúrcio, na Barra, e percorreram as principais ruas e avenidas da cidade em ato contrário ao não cumprimento do acordo firmado entre a categoria e o Estado em 2015.

Na época, três escolas da rede estadual de Muriaé aderiram totalmente à greve, e outras três instituições, além da Secretaria Regional de Ensino da cidade, paralisaram parcialmente em ato que pede o cumprimento da Lei do Piso, contra a terceirização, contra a entrega das escolas às organizações sociais, contra o parcelamento de salários e contra a militarização das escolas públicas.

Nota de esclarecimento do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) sua página do Facebook:

Na tarde desta quarta-feira, dia 20 de junho, o Sind-UTE/MG foi informado pela Secretaria de Planejamento e Gestão de que o governo fez o depósito do valor de até R$1.500,00 como restante da primeira parcela dos salários para parte da categoria da educação.

A decisão dos/as trabalhadores/as em educação, definida na maior instância do Sindicato que é seu Congresso Estatutário, é a suspensão das atividades até que os servidores da educação recebam a primeira parcela dos salários, sem distinção de cargo, vinculo ou condição de ativo ou aposentado. O governo foi notificado desta decisão no dia 5 de junho último.

Como o governo ainda não efetuou o pagamento integral da primeira parcela para toda a categoria, esclarecemos que a suspensão das atividades, conforme decisão do Congresso, continua até que toda a categoria receba a primeira parcela integral do salário.

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