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Retrospectiva que não empolga

Francisco Laviola – 21/12/2017

Estamos bem próximos da virada de mais um ano, e se fizermos uma retrospectiva dos principais acontecimentos do país, certamente, não conseguiremos vislumbrar grandes novidades que possam ser comemoradas pelos brasileiros neste ano de 2017.

Na política, apesar do combate à corrupção, que deram alguns bons resultados, ainda continuam os conchavos espúrios, o toma lá, dá cá, e o fisiologismo barato praticado por partidos nascidos sem ideais, um modelo criado pelo chamado lulopetismo e que foi agora copiado pelo presidente Michel Temer, com o objetivo de permanecer no poder. Menos mal que a economia do país, apesar de todo esse imbróglio do qual somos testemunhas, tem dado alguns sinais de recuperação e mostrado uma tênue esperança de sairmos da crise.

Entre os jovens, as drogas continuam proliferando sem que os governos apresentem um programa mais consistente de combate, e principalmente, de tratamento para a recuperação e reinserção social dos usuários já viciados. Na esteira das drogas e do contrabando de armas, continua agindo o fortíssimo poder paralelo representado pelo narcotráfico, devido a fragilidade e a impotência demonstradas pelas autoridades que têm o dever de combatê-lo.

Até no futebol, a principal paixão nacional no esporte, a violência nos estádios que vem sendo protagonizada por torcidas organizadas chegam às raias do absurdo, cujas cenas de barbáries tornam as famosas “arenas” verdadeiras praças de guerra. O exemplo dado pela torcida do Flamengo, na final da Copa Sul Americana, para citar apenas o último deles, mostra uma verdadeira degradação de pessoas chamadas de ser humano.

A saúde, que tem uma demanda infinita, também não é levada a sério, uma vez que muitos brasileiros continuam morrendo nas filas de hospitais públicos, por falta de estrutura e de atendimento médico.

Os três Poderes da República, que deveriam ser independentes e harmônicos segundo a Constituição, estão a cada dia que passa baixando o nível, num flagrante desrespeito ao povo brasileiro e ao país. Tem ministros da mais alta Corte do país cuspindo na cara da sociedade, soltando os grandes artífices dos crimes de colarinho branco, porque sabem que o cargo que ocupam é vitalício e ninguém poderá tirá-los de lá. Nas redes sociais, alguns estão sendo chamados pejorativamente de “ministros laxantes”. O juiz de primeira instância prende e o ministro do Supremo solta. Vejam a que ponto nós chegamos!

Quem teve a oportunidade de ouvir aquele áudio da gravação do Lula com a ex-presidente Dilma, ignorando-se, naturalmente, os palavrões ditos por ele,  talvez dê razão ao ex-presidente. Nenhum dos três Poderes da República se safou das maracutaias. O ano foi de execração pública do país.

Diante de tudo isto, resta-nos, como consolo e esperança, apenas a possibilidade de podemos comemorar mais um ano do nascimento do Filho do Criador do Universo, Aquele que é onisciente, onipotente e principalmente, onipresente. Que seria de todos nós se não fosse Ele? Feliz Natal.

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