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Setembro, Mês da Bíblia

É muito comum ouvir as pessoas se queixarem que têm muita dificuldade em compreender a leitura de textos da Bíblia sagrada. De fato, qualquer texto da Bíblia sagrada só pode ser bem lido e compreendido se se leva em consideração, além do texto que está sendo lido, o seu contexto e o seu pré-texto.

Por este motivo, até a década de 70, a Igreja Católica não permitia que a Bíblia fosse lida por qualquer membro e interpretada sem os devidos estudos e a devida formação. Com o grande evento do Concílio Vaticano segundo, a Igreja se propõe a aproximar da sociedade disposta ao diálogo, ou seja, levando a riqueza de seus ensinamentos e também recebendo a riqueza do ensinamento de cada realidade e de cada cultura. No Brasil, foi criado, em Belo Horizonte, o Mês da Bíblia, com o intuito de fornecer uma formação popular para que um maior número de católicos pudesse ter acesso à Bíblia e poder compreendê-la a partir de uma chave de leitura. O evento, de total sucesso, foi no ano conseguinte ampliado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para todas as dioceses. Este ano, vivemos nosso 44º Mês da Bíblia. A cada ano, a Igreja escolhe um livro ou trechos de um livro para que os fiéis possam, juntos, aprofundar em seu estudo. Durante este período, comissões da CNBB fornecem vários materiais orientativos e formativos para auxiliar no período de formação. As paróquias recebem com antecedência este material, preparam momentos fortes de encontro para as lideranças e sempre vivenciam este mês com campanhas, encontros, gincanas ou feiras bíblicas. O intuito é sempre fornecer aos fiéis chave de leitura, para que o texto possa ser melhor compreendido em seu texto, contexto e pretexto. Somente assim, o fiel, conduzido pelo Espírito Santo, que age sobre toda a Igreja, como em Pentecostes, pode extrair sua síntese e, consequentemente, sua atualização do texto para os dias atuais, sem exageros ou radicalismos.

Este ano, o livro escolhido para leitura e aprofundamento é o quarto Evangelho, o de João. Divergente dos demais evangelhos em estrutura, forma de narrativa e conteúdo, o quarto Evangelho tem o mesmo objetivo dos demais: mostrar a realeza e a santidade de Cristo Jesus. Por isso, João somente apresenta um Cristo glorioso, vencedor e forte. Até mesmo na cena da cruz, o Cristo de João é totalmente arrumado, que chega a desconcertar os seus algozes. A realeza do Cristo vai sendo experimentada e descoberta pelos leitores, baseada em sete sinais, em que o último é o Cristo vitorioso sobre a cruz. Seguindo os passos catequéticos da Igreja, vamos viver este mês de setembro dedicando um pouco de nosso tempo na leitura e aprofundamento deste lindo e riquíssimo texto.

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