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Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro comemora 30 anos

dsc_0697O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro completou seus 30 anos de fundação com uma grande festa na quarta-feira (21) para os sindicalizados. A programação inclui missa em ação de graças, distribuição de lanche, várias apresentações musicais, sorteio de diversos brindes e, ao final, o sorteio de uma moto 125cc.

Os brindes foram doados por empresas daquele município e algumas cidades da região. A vencedora da motocicleta foi Maria da Glória Almeida, que é filiada ao sindicato há 19 anos. Como no dia 21 de setembro é comemorado o Dia da Árvore, também foram distribuídas mudas para serem plantadas nas propriedades.

Fundado no dia 21 de setembro de 1986, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro possui, atualmente, 3.494 associados. O presidente do sindicato, Isaías Clóvis de Freitas, celebra as três décadas da entidade. “São 30 anos de lutas, mas também de vitórias. O mais importante nesses 30 anos de sindicato são as conquistas obtidas. Esse momento é de celebração das conquistas. A participação e a atuação dos trabalhadores são muito importantes, pois eles mantêm o sindicato atuante”, afirma.

Diversas autoridades, ex-presidentes do sindicato e representantes de instituições estiveram presentes, como o deputado estadual Padre João. O parlamentar afirma que este momento é de comemoração e de avanço nas conquistas. “É com muita satisfação que participei desse momento histórico. São 30 anos de luta, mas também de vitórias. O sindicato de base é muito importante, ele tem um papel fundamental para o fortalecimento na luta por direitos dos trabalhadores. A participação de todos é muito importante nesse momento, para assegurar essa luta, para que não tenhamos nenhum retrocesso em nenhum dos direitos”, salienta.

A vice-prefeita de Miradouro, Gilsilene Maria Mendes, que trabalhou por seis anos na entidade, parabeniza o sindicato pelas suas três décadas de fundação. “É com muito orgulho que participo dessa grande festa dos 30 anos do sindicato representando os seus funcionários. Tive o prazer de trabalhar nessa entidade por seis anos e meio. Foram anos de experiência, em que pude crescer como profissional e como pessoa, atuante nos movimentos sindicais. Tive a oportunidade de participar de várias manifestações em busca das conquistas que hoje podemos ser beneficiados”, diz.

O diretor regional da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FETAEMG), Vanderley Antônio Chilese, também parabeniza o sindicato por sua atuação em prol dos trabalhadores rurais. “Parabenizo os trabalhadores e a direção do sindicato por essa data tão importante. Esse é um sindicato, atuante, onde os trabalhadores podem ser homenageados e buscam no dia a dia a sua representação e melhores condições de vida”, afirma.

O presidente da Cresol, João Paulo Dias da Fonseca, frisa que esse é um dia histórico para o sindicato, o qual considera como uma instituição que representa, de fato, o agricultor e a agricultora familiar. “É uma instituição séria e responsável, construída coletivamente, com a participação de cada homem e de cada mulher presente na história desse sindicato. Nesses 30 anos, após muita luta, diversas conquistas foram obtidas. Nesse período, o sindicato não se omitiu de seu papel de representatividade da classe rural de Miradouro. Só tenho a parabenizar o sindicato, principalmente pela continuidade ao trabalho que realizou e vem realizando em prol dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. A Cresol também é resultado dessa luta. A Cresol só existe porque, um dia, lideranças dos sindicatos rurais lutaram para que o homem do campo pudesse ter sua instituição de crédito”, conta.

O primeiro presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Miradouro, José Maria dos Santos, lembra que a entidade surgiu a partir da construção Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e que, até 1988, os trabalhadores rurais homens só recebiam meio salário e a mulher produtora rural não tinha direito à aposentaria e nem à pensão do marido. “O povo era muito explorado. O sindicato surge como uma necessidade de dar resposta a esse processo de exploração que era feito contra o agricultor familiar, pequeno produtor, meeiro e arrendatário. Era uma luta nossa para que esse trabalhador, ao invés de meio, recebesse um salário mínimo. A mulher produtora rural, por exemplo, não tinha direito à aposentaria e nem à pensão do marido. Mesmo depois da Constituição de 1988, foi uma luta muito grande para alcançar essas conquistas para a mulher produtora rural, pois tinha que ser regulamentado”, conta.

Ainda segundo ele, 30 anos depois, o sindicato continua sendo necessário para a garantia de direitos da classe à qual representa. “Em meio a essa crise em que o país vive e a esse governo transitório, todos esses direitos, conquistados há 30 anos, estão ameaçados. Nesse momento, o sindicato tem que atuar novamente, para que os trabalhadores não percam esses direitos já conquistados. Nesses 30 anos, tivemos muitos avanços, mas precisamos avançar ainda mais”, alerta.

PALAVRA DOS EX-PRESIDENTES E EX-DIRETOR DO SINDICATO – Os ex-presidentes e ex-diretor do sindicato comemoram os 30 anos de sua fundação e as conquistas obtidas ao longo dessas três décadas em prol do trabalhador e trabalhadora rural.

“É muita felicidade e orgulho comemorar os 30 anos desse sindicato. Nas áreas social, política e ambiental, é uma felicidade nossa conseguir a conscientização das pessoas e ver o quanto evoluímos. O trabalho do produtor rural hoje em Miradouro contribui para a economia do município.” – Ronaldo Ferreira, presidente do sindicato entre 1999-2002 e 2002-2005

“Tenho a honra de ter participado durante quatro anos da presidência do sindicato e continuar a fazer parte da diretoria, como diretor de Política e Reforma Agrária. Hoje, os desafios são diferentes. Há 30 anos brigávamos por espaço. Hoje, estamos lutando para não perder as conquistas já obtidas. Parabenizo o sindicato pelos seus 30 anos.” – Valdeci de Castro, presidente do sindicato entre 2012-2016

“É muita emoção comemorar os 30 anos do sindicato. Desejo que essa data se repita por muitos e muitos anos.” – José Geraldino, ex-diretor do sindicato

“Fiz parte dessa história de luta e construção dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Comemorar esses 30 anos é emocionante e revigora minhas forças para continuar a defender os nossos direitos, os quais estão sendo ameaçados. Estamos firmes para vencer essa batalha.” – Terezinha Aparecida Gomes, uma das fundadoras do sindicato, atuando como secretária, tesoureira e presidente

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