Search
Close this search box.

Uma luz para a presidenta

Quando o ex-presidente Lula iniciou o seu primeiro governo, em janeiro de 2003, após a sua quarta tentativa para chegar ao poder, começou a buscar nos pomposos títulos de programas chamado de sociais a sua autoafirmação como chefe de governo.

Em seu primeiro discurso, lançou o Programa “Fome Zero”, certamente, uma utopia, se consideradas todas as diversidades de um país continental como o Brasil, mas que, em se tratando de Lula e do seu poder de convencimento com o microfone nas mãos, acabou por ganhar a confiança das camadas mais pobres da população. Na época, dizia ele que em seu governo cada brasileiro teria que alimentar pelo menos três vezes ao dia.

E assim, começou uma enxurrada de programas que, embora servissem para dar um pouco de alento às classes mais pobres da população, serviam, principalmente, como um ato promocional da pessoa do presidente. Parafraseando o próprio Lula, nunca antes na História deste país arranjaram tantos nomes de programas sociais, dos quais a propaganda e a publicidade chegavam quilômetros à frente, fazendo com que o povo acreditasse em todos eles. Foi assim que começaram os programas assistencialistas do governo Lula e Dilma, fazendo com que se criasse nas classes mais populares uma dependência infinita para com o Estado.

O mais famoso deles, o “Bolsa Família”, que o governo proclama como uma  transferência de renda, na verdade, não passa de uma transferência de numerários para famílias carentes, que, além de causar a dependência já mencionada, ele desestimula o indivíduo a buscar o seu sustento através do trabalho digno. A verdadeira transferência de renda só se faz com o crescimento do país, com investimentos na produção para gerar mais empregos, que, por sinal, se encontra hoje em queda livre; transferência de renda se faz com taxas de juros que sejam capazes de financiar bens e serviços, alavancando a produção; transferência de renda se faz com o controle da inflação, pois esta sim, é a pior inimiga das classes mais pobres.

Muitos desses programas anunciados como solução não saíram do papel e serviram apenas para alterar o foco por causa das cobranças feitas pela sociedade, insatisfeita com a má administração do país. A lista é enorme. Podemos citar alguns como o ”Brasil Sem Miséria”, como se isso fosse possível a curto prazo, dada a complexidade do problema e a extensão do país;  o “Mais Médicos”, com a contratação de médicos estrangeiros, principalmente os cubanos, que ao constatarem a má remuneração e as precárias condições de trabalho no país, muitos se mandaram de volta;  o “Minha Casa, Minha Vida” que, além de conter projetos mal elaborados, se tornou um foco de corrupção, alimentado pelos vários desvios constatados  até dentro de prefeituras em todo o Brasil. Além desses, podemos citar, ainda, “Brasil Alfabetizado”, “Pátria Educadora”, “Mais Especialidades”, “Brasil Sorridente”, “Programa Cidade Melhor”, “Água para Todos” e dezenas de outros programas anunciados com toda a pompa, como se estivessem sido realizados, acabad
os  e gerando grandes frutos para a população brasileira.

Agora, após constatados os rombos das contas públicas, fruto de uma administração catastrófica, a maioria dos programas sociais anunciados como a salvação do país terão expressivos cortes com o ajuste fiscal. Outros programas como o FIES, destinado ao ensino superior, o Pronatec, Aquisição de Alimentos, Farmácia Popular e outros tantos serão extremamente afetados pelos cortes das verbas de sustentação.

Enquanto isso, a presidenta, que anda enfrentado inúmeros pedidos de impeachment, caminha no fio da navalha, e vai, desta forma, tentando salvar o seu mandato. Ela, que anteriormente anunciou o Programa “Luz para Todos”, para se safar da escuridão na qual se meteu, quer agora ver apenas uma luz: a do fim do túnel.

Deixe um comentário

Outras Notícias