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Violência urbana e a educação

Fora Temer, fica Temer, volta PT com Diretas, já pensando no Lula; Justiça prende ladrão, Justiça solta ladrão. Esta é a tonalidade das principais discussões políticas do país. O caldeirão fervente está em plena ebulição.

Se a Justiça, embora se esforçando, não está dando conta de fazer o que tem que ser feito, também prefiro esperar o frigir dos ovos, para ver no que vai dar todo esse imbróglio. Enquanto isso, nada das reformas estruturais há muito tempo prometidas e que não avançam, ou por falta de interesse de alguns (os petistas), ou porque uma parte do Congresso permanece em stand by, para ver o que será decidido e saber o rumo a ser tomado. Logo agora que o país começou a dar sinais de recuperação, estoura toda essa bagunça da qual somos testemunhas oculares. Sinceramente, essa política emporcalhada dá ânsia de vômito em qualquer um.

Dito isso, apenas para mostrar que não estou alheio aos acontecimentos, direciono o foco para outros problemas que vêm promovendo literalmente uma sangria na sociedade. Na semana passada, abordei a desestruturação das famílias porcausa do crescente uso de entorpecentes. De braços dados com as drogas está a violência urbana, sendo a primeira uma das causas e a segunda, os seus efeitos. Nesta semana, o jornal “O Globo” dedicou um espaço especial sobre o tema que é estarrecedor. Segundo as estatísticas, em dez anos (2005 a 2015), 318 mil jovens entre 15 e 29 anos foram assassinados, e, certamente, se for feita uma estatística mais atualizada, hoje esses números devem ter alguns dígitos a mais.

Dentre as causas principais que contribuem para o aumento da violência e da insegurança, temos, por exemplo: a) – falta de investimentos específicos na área da educação, possibilitando que jovens e adolescentes tenham seus tempos permanentemente ocupados com escolas em tempo integral; b) – a falta de um melhor aparelhamento da polícia judiciária, de forma que possa coibir a violência e, ao mesmo tempo, promover inquéritos mais eficazes para dar celeridade aos julgamentos pela Justiça. c) – por fim, a falta de uma política carcerária, não só no sentido de construir novos presídios, mas também para promover a ressocialização de apenados, antes de serem devolvidos à sociedade.

Dos itens enumerados, a educação é o principal deles, pois trata-se do pilar do desenvolvimento socioeconômico de qualquer país. Tanto é assim que, quando se fala em temas como a violência urbana, o uso indiscriminado de drogas ou a questão de menores abandonados perambulado pelas ruas, a primeira ideia a ser levantada como solução possível está no aprimoramento da educação básica. Isto é um fato inquestionável, pois é na esteira da educação que caminham juntos o saber, a cultura, o conhecimento de causa e, principalmente, a formação de um juízo de valor que deve ser feito pelo indivíduo sobre qualquer assunto de interesse do país.

Com a existência de um contingente tão grande de pessoas desprovidas da necessária cultura para ouvir, assimilar informações para que possam saber decidir, continuaremos a conviver com essa demanda infinita, que é violência sem fim.

Enquanto se vive um período turbulento na política e na economia do país, as drogas e a violência vão imperando e vão ficando em um plano secundário, fazendo da sociedade uma eterna refém. Infelizmente!

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