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A RESPOSTA DAS URNAS

Adellunar Marge

Apesar de todos os seus defeitos, a Democracia Liberal ainda é o melhor dos sistemas para a garantia de um Estado de Direito. Às vezes pode ser fragilizada pela demagogia dos extremismos e, justamente por isso, Eduardo Gomes, baseando-se em Tocqueville, afirmava: “O preço da Democracia é a eterna vigilância”.

Foi justamente o exercício dessa objetiva vigilância que impediu em nosso país o retorno ao poder de um sistema de fundamentação comunista, marcado pela corrupção e pelos escândalos em cerca de uma década e meia no comando do país. Jamais construíram um sistema de governo, optando pela construção de um “sistema de poder”. Truculentos e manipuladores, substituíram as liberdades individuais dos menos favorecidos pela miséria alienante do assistencialismo, garantindo o sucesso provisório do processo com a ação de uma intelectualidade orgânica gestada no imoralismo ideológico das Universidades Públicas que formavam contingentes de “formadores de opinião” capazes de guiar uma extensa e subserviente “massa de manobra” infiltrada na população. Jamais se diriam “Comunistas”, pois o termo assustador poderia alertar e alarmar a massa popular. Melhor se autodenominarem de “Socialistas”, um termo mais palatável para a população, embora nem de longe deixassem de refletir os sistemas cruéis e autoritários que lhes deram origem, como as ditaduras de Cuba, da Venezuela, da Coreia do Norte ou da extinta e sepultada URSS.

O Foro de São Paulo com líderes como Lula, Fidel Castro, José Dirceu, Chaves e membros das FARC (Organização criminosa colombiana, à época em grande evidência no tráfico de armas e drogas), nutria o grande sonho de criar um monstrengo similar à URSS, que seria a URSAL – União das Repúblicas Socialistas da América Latina, uma organização que pudesse eternizar no poder uma ideologia já morta e sepultada na modernidade. Só um problema impediu a concretização desse ideal macabro: Todas as vezes e em todos os lugares em que a esquerda chegou ao poder ela sempre foi: incompetente, autoritária e corrupta. Autodestruiu-se pelos seus próprios pecados.

O filósofo e lingüista marxista norte-americano, Noan Chomsky, disse há algum tempo que “o problema do PT foi, ao chegar ao poder, não conseguir manter as mãos fora do dinheiro público”. Palavras de Chomsky citadas por Marcelo Rubens Paiva em sua coluna no jornal “Estado de São Paulo”.

Se a esquerda brasileira tivesse feito o exercício do “Mea Culpa”, reconhecendo os seus erros, a corrupção dos seus líderes e a responsabilidade dos seus atos; se tivesse admitido a justa condenação e prisão dos seus líderes pela soberana justiça brasileira, mesmo usando de todos os recursos legais cabíveis, talvez tivesse conquistado o perdão da sociedade. Mas o posicionamento de “donos da verdade” e a resistência em reconhecer os erros cometidos, provocou o veredicto da população no exercício soberano do seu voto. O mesmo voto que corrigiu o erro da não cassação dos direitos políticos da Dilma quando do seu “impeachment”.

A Democracia Liberal pode até mesmo não oportunizar que levemos ao poder o melhor dos candidatos, mas nos dará sempre a oportunidade de tirar do poder ou impedir que voltem a ele os que já demonstraram a sua inaptidão moral ou administrativa para exercê-lo.

A maioria da população brasileira, compromissada com o combate efetivo da corrupção, com a retomada do crescimento econômico, com a recuperação da qualidade da Educação, da Saúde e da Segurança Pública e com a recuperação dos valores da família e da nacionalidade, espera do Presidente eleito, Jair Bolsonaro, as ações necessárias para que isso aconteça. Não é uma tarefa fácil, pois o país foi destroçado por muitos anos de péssima administração. Vão ser cobradas do Presidente eleito as ações prometidas e esperadas por todos, mas igualmente, e com a mesma veemência, vai ser cobrada da oposição atitudes e comportamentos responsáveis, sem anarquia, sem badernas ou atos que perturbem a normalidade democrática. As nossas instituições já estão maduras o bastante para garantir um Estado permanente de Direito e a tranqüilidade que a nossa população merece e exige. Somos um povo múltiplo em etnias, matizes culturais e convicções. Que o futuro Presidente tenha a competência e a firmeza necessárias para guiar a nossa pátria para o destino que o nosso povo merece e sinalizou através do seu voto.

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