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A TERRÍVEL ARMA DO VOTO

Adellunar Marge

Nos últimos anos os governos sempre procuraram impor o desarmamento da população civil, embora os bandidos continuassem cada vez mais bem armados, provocando a insegurança e o medo entre as pessoas de bem. Mas existe uma arma terrivelmente poderosa que os governantes não conseguem tirar da população, que é o voto, essa expressão da vontade pessoal livre e soberana que, por ser secreta, não se subordina à vontade de outrem. Pelo menos enquanto vivermos em uma democracia e em um Estado de Direito.

No primeiro turno, das eleições deste ano, presenciamos essa manifestação democrática de norte a sul do nosso país com o povo exercitando a arma do voto. Presenciamos e vamos continuar presenciando no segundo turno, um anseio profundo de mudança. A população, em sua grande maioria está dando um recado claro e objetivo aos políticos de que não aceita e não quer mais a continuidade da corrupção em nosso país.

Quando o Lewandovski não quis suspender os direitos políticos da Dilma por oito anos, como fora feito com Collor de Mello e qualquer político cassado, o povo não aceitou a decisão e, na primeira oportunidade que teve, usou a sua terrível arma e cassou, com o seu voto o seu pretendido mandato de Senadora por Minas Gerais. Foi infrutífera a benevolência do Lewandovski.

De norte a sul do país uma quantidade imensa de políticos tiveram os seus mandatos “cassados” pelo voto popular, como Lindberg Farias, Eunício Oliveira, Cássio Cunha Lima, Chico Alencar, Miro Teixeira, Pimentel, Romero Jucá, Edson Lobão, Eduardo Suplicy e tantos outros, alguns deles tangidos por acusações e ou processos de corrupção, escondiam-se atrás do manto protetor das imunidades e do Foro Privilegiado. Esses estão agora na fila para um encontro com o Juiz Sérgio Moro. O encontro está agendado a partir do dia primeiro de janeiro de 2019, em Curitiba, cidade símbolo da moralização e do encarceramento de integrantes de uma facção que dominou e corrompeu o nosso país por tanto tempo. O que não se pode negar é que o crime organizado que contaminou as instituições brasileiras foi de fato “democratizado”, tem entre seus integrantes representantes dos mais diversos partidos políticos. Foi um câncer em processo de metástase que se espalhou por instituições públicas e privadas, atingindo políticos e empresários, independente de sexo, cor ou convicções religiosas. Todos irmanados no ideal comum da corrupção. O povo não agüentava mais esse estado de coisas e está usando a terrível e saneadora arma do voto para mudar. O voto popular, livre e democrático é infenso a liminares de quaisquer instâncias, a posicionamentos pessoais de membros do STF, do STE, STJ e até de “puxadinhos” da ONU que queiram interferir na vontade do povo brasileiro.

Só uma coisa atrapalha uma higienização maior e melhor na política nacional: é o maquiavelismo de alguns políticos que, cientes da sua não re-eleição ao Senado, disputaram a vaga de Deputado Federal, como último recurso de, com menos voto, continuarem com suas imunidades e com o foro privilegiado. Quanto a esses, o Juiz Sérgio Moro vai ter que esperar mais um tempinho para pegá-los. Mas o Moro alia à sua competência, uma paciência de Jó.

Agora é aguardar o Segundo Turno. Parece que o anseio pelo fim da corrupção e o apoio à Operação “Lava a Jato” generalizou-se demais no seio da população e permanecerão como itens importantes no debate político, além, é claro, do apelo à moralidade, aos valores da família e os valores nacionais. Que, acima de tudo, Deus ilumine os eleitores nesta hora decisiva para o nosso país.

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