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Depredação: consequência do materialismo

Vivendo sob a égide do imediatismo obtuso, desconhecendo ou desprezando a destinação futura, o homem segue dilapidando sua morada terrena

“Entre os homens existirá sempre a necessidade de destruição?”

“(…) Essa  necessidade se enfraquece  no homem à medida que o Espírito sobrepuja a matéria. O horror à destruição cresce com o desenvolvimento  intelectual e moral…”

Atira-se o homem – sofregamente – ao mister de destruir o Planeta! A fauna e a flora sucumbem ante a violência, ignorância, ambição e superlativo egoísmo. Destrói-se de forma irracional, inconsequente, sem métodos seletivos, sem necessidade, como se a Natureza fosse objeto descartável. Flagramos em todos os lugares as queimadas criminosas, poluições lamentáveis dos rios e oceanos, extinção dos animais pelo simples “prazer” de matar, comércio ilícito e predatório de peles, etc…

O utilitarismo grassa, com seus tentáculos destruidores, sem medir consequências…

Vivendo sob a égide do imediatismo obtuso, desconhecendo ou desprezando a destinação futura, o homem segue dilapidando sua morada terrena na incontida e insaciável ânsia do gozo material, condimentado por inenarrável ganância e voluptuosidade…

Kardec alinha uma série de questões que merecem profundas reflexões : “com a ideia de que a atividade e a cooperação individuais na obra geral da civilização se limitam à vida presente, que antes a criatura nada foi e nada será depois, em que interessa ao homem o progresso ulterior da humanidade? Que lhe importa que no futuro os povos sejam mais bem governados, mais ditosos, mais esclarecidos, melhores uns para com os outros?! Não fica perdido para ele todo o progresso, pois que deste nenhum proveito tirará? De que lhe serve trabalhar para os que hão de vir depois, se nunca lhe será dado conhecê-los, se os seus pósteros serão criaturas novas, que pouco depois voltarão por sua vez ao nada?

Sob o domínio da negação do futuro individual, tudo forçosamente se amesquinha às insignificantes proporções do momento e do ego.

Entretanto, que amplitude, ao contrário, dá ao pensamento do homem a certeza da perpetuidade do seu ser espiritual! Que de mais racional, de mais grandioso, de mais digno do Criador do que a lei segundo a qual a vida espiritual e a vida corpórea são apenas dois modos de existência, que se alternam para a realização do progresso!  Que de mais justo há e de mais consolador do que a ideia de estarem os mesmos seres a progredir incessantemente, primeiro, através de gerações de um mesmo mundo, de mundo em mundo depois, até à perfeição, sem solução de continuidade! Todas as ações têm, então, uma finalidade, porquanto, trabalhando para todos, cada um trabalha para si e reciprocamente, de sorte que nunca se podem considerar infecundos nem o progresso individual, nem o progresso coletivo. Desses dois progressos aproveitarão as gerações e as individualidades porvindouras, que outras não virão a ser senão as gerações e individualidades passadas, em mais alto grau de adiantamento”.

Compreendendo, pois, com Jesus e com o Espiritismo, que não nos acabamos na sepultura, e Ele, (Jesus) demonstrou pessoalmente a realidade do túmulo vazio, e que a este planeta retornaremos em reencarnações futuras, e conhecendo antecipadamente os mecanismos da evolução sob o comando seguro e imutável das Leis Divinas, não mais nos deixaremos emaranhar nas redes da ignorância e, muito menos, nos cipoais do imediatismo de uma existência material, hedonista e utilitarista.

Com as luzes oferecidas pela Doutrina Espírita, conscientizamo-nos de forma inabalável que nosso futuro está vinculado às nossas sementeiras de hoje. Vivamos, pois, de forma tal que não tenhamos do que nos arrependermos no momento da inevitável colheita!…

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