Search
Close this search box.

Editorial

A primeira rodada de entrevistas feita com os candidatos à Presidência da República pelo Jornal Nacional, da Rede Globo, foi, na verdade, um desserviço ao país.  Levando-se em consideração a dificuldade em que se encontra o eleitor mais consciente de fazer a sua escolha, havia uma expectativa natural do público para ver o que tinha a dizer cada um dos postulantes ao pleito, nas anunciadas entrevistas do telejornal.

As perguntas feitas pelos âncoras, além de deixar a desejar no que se refere às ideias e posturas de cada um, provocaram um verdadeiro conflito entre os entrevistadores e os entrevistados.

Está certo que uma entrevista não deve ser oportunidade para o candidato fazer do momento um palanque eleitoral. Mas não deixar que o candidato responda aos questionamentos feitos é, no mínimo, uma maneira grosseira de abordagem dos assuntos propostos. A contradita é uma forma jornalística de fazer o candidato se expor e colocar as suas idéias de forma clara para o eleitor, dirimindo as eventuais dúvidas e clareando a possibilidade de escolha com base na ideologia do candidato, no seu programa de governo e tudo mais que seja pertinente ao pleito. Entretanto, o que se viu, na maioria das entrevistas feitas, foi um tremendo bate-boca entre entrevistados e entrevistadores, que em nada contribuiu para dirimir as dúvidas dos eleitores. Infelizmente.

Deixe um comentário

Outras Notícias