A Polícia Civil de Muriaé anunciou, em coletiva na manhã de quarta-feira (21), que concluiu o inquérito sobre o suposto desaparecimento do representante comercial Leomir de Oliveira Ribas, de 34 anos, conhecido como Léo. Tido como desaparecido pela família desde o dia 2 de agosto, quando realizou o último contato com a empresa em que trabalha, Léo na verdade está em Fortaleza, por escolha própria e bem de saúde, segundo a Polícia Civil.

De acordo com o delegado Tayrone Spíndola, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Muriaé, e o delegado regional da 4ª DRPC, Alessandro Da Matta, o desaparecimento foi comunicado à PC no dia 5 de agosto. Há cerca de uma semana, houve a informação, através de movimentações bancárias, de que Leomir estava em Fortaleza. Após a confirmação do fato, que veio através de depoimentos e imagens dele em determinados locais da capital cearense, como na Praia da Canoa Quebrada – tendo inclusive participado de eventos no local e se relacionado com pessoas de lá, segundo o delegado, a Polícia Civil confirmou que se tratava de uma migração voluntária.

“Ele é um indivíduo maior de idade, capaz e dono de suas faculdades mentais. Obviamente, a obrigação da Polícia era investigar o caso, com foco principal na possibilidade de homicídio. Infelizmente, ele não informou sobre a viagem que faria e acabou gerando um transtorno e um desgaste desnecessário à PC, esforços que poderiam estar sendo empregados em outros casos. Mas ele não cometeu qualquer crime até o momento”, disseram os delegados.

“Gostaríamos de agradecer à sociedade, que se mostrou interessada em auxiliar nas investigações fornecendo informações e também à imprensa, que divulgou o caso. Mas lembramos que boatos e versões vazias só servem para atrapalhar as investigações. E também que, por muitas vezes, a família de supostos desaparecidos não comunica à Polícia o seu reaparecimento, o que é fundamental. Envolvemos outras delegacias na busca pelo Leomir, mas agora o inquérito está encerrado”, concluíram.