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O Governo Dilma e suas fragilidades

O governo da presidenta Dilma continua a viver o seu inferno astral. De um lado, a pedido do PSDB, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reabriu uma ação que pede a cassação dos mandatos da presidenta e de seu vice, Michel Temer, embasado num suposto abuso de poder econômico e político, praticado na campanha presidencial de 2014. Por outro lado, a reprovação das contas da presidenta pelo Tribunal de Contas da União (TCU), por ser inédito na História contemporânea é mais um indício de que as fragilidades da mais alta mandatária do país estão, a cada dia que passa, sendo expostas para população.

Claro que o TCU não tem a última palavra sobre o assunto cujo julgamento ficará a cargo dos integrantes do Congresso Nacional.

Mas ainda assim, com a reprovação das contas do governo pelo TCU, por unanimidade, diga-se de passagem, deixa claro, mais uma vez, que a presidenta, assessorada por marqueteiros irresponsáveis e por uma equipe econômica submissa, jogou sujo para com o povo brasileiro, negando uma situação que já se anunciava grave no início de 2014. Dizia ela que a inflação estava sob controle e muita gente sabia que não estava. Todos sabiam que havia um represamento estratégico das tarifas públicas e dos combustíveis. Bastou abrir as comportas dos preços desses dois itens apenas, para que o país fosse inundado pelo lamaçal do anunciado estelionato eleitoral.

Como as contas públicas do governo não fecharam, em função dos gastos excessivos, a sua equipe econômica abusou das famosas “pedaladas fiscais”, ou seja, utilizou-se de uma estratégia contábil irregular, atropelando a Lei de Responsabilidade Fiscal, uma das leis mais importantes do país, criada para controlar e moralizar as contas da administração pública.

Suas fragilidades se expõem ainda mais quando se trata de reunir a sua base política para aprovar projetos de interesse do governo, como o ajuste fiscal e a manutenção de seus vetos a artigos de leis oriundas do Congresso, atos esses, entendidos pelo governo, como necessários para a governabilidade do país.

Enquanto isso, o ex-presidente Lula, que deu corda à sua criatura rebelde para que ela própria se enforcasse, anda tentado rearticular a base, de olho nas eleições presidenciais de 2018. Há, portanto, por trás de tudo isso um plano estratégico para a volta triunfal de Lula nas próximas eleições presidenciais, como se fosse o salvador da pátria.

Assim, com a baixa popularidade do governo da presidenta, que não consegue reunir em torno de si a sua base aliada para a manutenção de um governo chamado de coalizão, joga-se no lixo todas as promessas das campanhas eleitorais de 2014. Com isto, ela vai fomentando crises em série, além de acumular derrotas e mais derrotas no Congresso. E assim, como dizem por aí os sábios anônimos, o povo que se lasque.

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