Nascido em 02 de novembro de 1888
Falecido em 26 de agosto de 1963

Orlando de Lima Faria, um dos mais célebres homens que pertencera à sociedade muriaeense, nasceu no dia 02 de novembro de 1888, na cidade de Santo Antônio de Pádua, Rio de Janeiro. Era filho de Francisco de Assis Barros Faria e de Elvira de Lima Faria. A família veio para Muriaé quando Orlando ainda era jovem, pois, seu pai era funcionário da Prefeitura Municipal.

Orlando Faria, assim conhecido, era uma pessoa serena, que podia ser visto por quem passasse pela Rua São Pedro.

Foi coletor federal durante quarenta anos, cargo que exerceu com muita dignidade e honradez na Coletoria Federal de Muriaé, com brilhante atuação profissional e humana, sempre elogiado por todos que com ele conviviam, quer fossem seus funcionários quer fossem seus amigos ou o público em geral.

Atuou por muitos anos como Professor de Contabilidade no antigo Atheneu São Paulo. Exerceu, como voluntário, o cargo de Inspetor Escolar do Colégio Santa Marcelina durante uma década e as ex-alunas deste estabelecimento à época sempre recordavam daquele inspetor que, em visita ao Colégio, conversava com as alunas de forma amável e competente.

Redator do jornal “O Operário”, de Muriaé, comentava questões da atualidade, sendo um dos pioneiros na defesa dos direitos do trabalhador. No dia primeiro de maio, eram tradicionais seus discursos na Praça João Pinheiro, em defesa dos trabalhadores.

Em Muriaé, casou-se, em primeiras núpcias, com Esther Francesconi de Faria e, desta união, nasceram os seguintes filhos: Argia, esposa do Sr. Guilherme Féres da Silva; Maria Stella, esposa do Doutor Rodrigo do Vale Castro; Clarice, ex-funcionária do antigo DNER; Delba, ex-funcionária da Caixa Econômica Federal; Esther-Zita, esposa de Dilson Soares; Lauro Américo, advogado em Londrina; e, Orlando Flávio, ex-funcionário do Instituto do Álcool e Açúcar (IAA).

Falecida a esposa e com sete filhos menores, casou-se, em segunda união, com Maria da Purificação Gonzaga de Faria e, deste segundo matrimônio, nasceram mais quatro filhos: Elvira; Homero Milton; Antônio Ivan, ex-funcionário da Rádio Nacional; e, Maria Lygia, professora aposentada da 23ª Superintendência Regional de Ensino, esposa de Edson de Paula Lima.

Foi um exemplar chefe de família, amado e querido por todos os filhos, tendo deixado um legado invejável pela retidão de seu caráter e pela pessoa humana e caridosa que foi.

Católico praticante, Orlando Faria foi um dos fundadores da Confraria São Vicente de Paulo e dos Vicentinos da Paróquia São Paulo de Muriaé. Participava ativamente de todas as celebrações religiosas, com muita fé e era extremamente caridoso e piedoso.

Recebeu, com muita honra e merecimento, o título de Cidadão Muriaeense durante a gestão do Prefeito Dante Bruno, seu particular amigo e correligionário político. Orlando Faria era adepto à antiga UDN, partido político do qual também faziam parte seus particulares amigos: Doutor Olavo Tostes, Doutor Orlando Flores, Doutor Rodrigo de Castro e muitos outros. Pela sua participação atuante no partido e por sua sabedoria, era ouvido e respeitado nas decisões políticas para lançamento de candidaturas, um verdadeiro conselheiro sem nunca ter almejado cargo político algum, embora fosse chamado a isso.

No dia 26 de agosto de 1963, Orlando Faria deixava o convívio de seus comunícipes, amigos e familiares, aos setenta e cinco anos de idade. Um cidadão nobre, sábio, respeitado por seus amigos e profundamente amado por seus familiares.

Em 1972, foi homenageado pela 13ª DRE de Estado da Educação de Minas Gerais através da então Delegada Regional de Ensino, Sra. Anita Ribeiro de Castro, como Patrono da Escola Estadual Professor Orlando de Lima Faria, onde sempre recebe homenagens em todos os eventos anuais da escola, perpetuando para sempre o nome e o proceder desse ser humano que, além de ter sido professor, educou socialmente os que com ele conviviam.